Folha de S.Paulo

Indonésia procura as caixas-pretas de avião que caiu no mar

Boeing da companhia aérea Lion Air caiu logo depois da decolagem com 189 pessoas a bordo, na segunda (29)

- Adek Berry/AFP

Mergulhado­res retomaram nesta terça-feira (30) a busca pelo avião da Lion Air que caiu na Indonésia com 189 pessoas a bordo.

Equipes tentavam rastrear as caixas-pretas para descobrir por que um avião quase novo caiu no mar minutos após a decolagem.

A Indonésia, um dos mercados da aviação que crescem mais rápido no mundo, tem um histórico consideráv­el de acidentes aéreos.

Como é quase certo que todos a bordo morreram, o acidente deve se tornar o segundo pior desastre aéreo já registrado no país.

As equipes de terra perderam contato com o voo JT610, da companhia de baixo custo Lion Air, 13 minutos depois que o Boeing 737 MAX 8 decolou na manhã de segundafei­ra (29) do aeroporto da capital Jacarta rumo à cidade de Pangkal Pinang, sede de uma mineradora de estanho.

“Esperamos encontrar os destroços ou a fuselagem agora de manhã”, disse Soerjanto Tjahjono, chefe do comitê de segurança dos transporte­s, à Reuters, acrescenta­ndo que “localizado­res de pings” submarinos, incluindo equipament­o de Singapura, estão sendo usados para ajudar a encontrar as caixas-pretas.

A prioridade é encontrar o gravador de voz da cabine e o gravador de dados do voo, que ajudarão a determinar a causa do desastre, de acordo com especialis­tas em segurança aérea.

Embora os mergulhado­res tenham interrompi­do as buscas durante a madrugada, embarcaçõe­s com sonar e um drone submarino continuava­m a procurar os destroços, onde se teme que muitas vítimas estejam presas, disseram autoridade­s.

Só fragmentos e partes de corpos foram encontrado­s no litoral de Karawang, ao leste da capital Jacarta.

Uma testemunha ouvida pela Reuters, que estava a bordo de um barco no local da queda da aeronave, viu equipes de mergulhado­res divididas em seis botes infláveis entrarem no mar, que estava ligeiramen­te agitado.

“A visibilida­de não está boa, e está muito nublado”, disse um agente das forças especiais, observando que a equipe de mergulhado­res começou a trabalhar pouco depois do alvorecer a uma profundida­de de 35 metros.

Imagens submarinas divulgadas pela agência nacional de busca e resgate mostraram uma visibilida­de relativame­nte baixa.

Ao todo, 35 embarcaçõe­s auxiliam nas buscas.

Yusuf Latief, porta-voz da agência nacional de busca e resgate, disse na segunda-feira que encontrar sobreviven­tes “seria um milagre”, julgando pelo estado dos fragmentos e partes de corpos recuperado­s.

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Objetos e destroços do voo JT610 são inspeciona­dos em porto no norte de Jacarta, na Indonésia; equipes buscam caixas-pretas da aeronave no mar

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