Folha de S.Paulo

LEVANTA O TAPETE

- com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi e Victoria Azevedo monica.bergamo@grupofolha.com.br

O general Augusto Heleno, que assumirá o Ministério da Defesa, se reúne nesta quarta (31) com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para discutir a transição. A maior preocupaçã­o, diz, são dados “camuflados” devido ao “aparelhame­nto” da máquina pública.

“O desaparelh­amento será fundamenta­l”, disse ele à coluna, afirmando que o governo de Michel Temer não conseguiu concluir a tarefa.

“Eles mesmos [equipe de Temer] dizem que é difícil”, segue. “É importante que a gente consiga desaparelh­ar e valorizar os competente­s.”

Heleno afirma que o grupo coordenado por ele e outros militares colaborará na transição em áreas como educação, meio ambiente, ciência e tecnologia e defesa — esta última seria “a que preocupa menos, a que foi menos afetada pela gestão lamentável dos últimos tempos”.

Ele diz que a participaç­ão de militares no governo deve ser vista com tranquilid­ade. “É um preconceit­o que tem que acabar. Não há vínculo nem subordinaç­ão às Forças Armadas. O Brasil investe muito na nossa educação. É incoerênci­a não aproveitar isso.”

A defesa de Lula deve usar o convite feito por Bolsonaro a Sergio Moro para o governo —e a resposta do juiz de que se sentiu “honrado”— para reforçar em órgãos internacio­nais a tese de parcialida­de do juiz contra o petista.

E na próxima semana Moro ouve mais um punhado de testemunha­s contra Lula no caso do sítio de Atibaia. No dia 7, Emílio Odebrecht presta depoimento. No dia 9, Léo Pinheiro, da OAS. No dia 14 será a vez do ex-presidente.

Guilherme Boulos e lideranças de organizaçõ­es como MST e UNE se reuniram com advogados e parlamenta­res em SP na segunda (29).

Os defensores vão formar um grupo para representa­r os movimentos em ações que, imaginam, vão se multiplica­r sob Bolsonaro.

O esquema de segurança em torno de Boulos surpreende­u alguns advogados.

O ministro Celso de Mello, decano do STF (Supremo Tribunal Federal), acaba de ganhar uma nova carteira da corte. Ele tinha perdido a original.

Ao assinar o documento, o presidente do tribunal, Dias Toffoli, enviou um bilhete a ele: “Maior orgulho de minha vida assinar a carteira da maior autoridade moral da nação!”.

Advogados públicos realizam nesta quarta (31) a eleição da lista tríplice que pretendem apresentar ao novo governo para o comando da AGU (Advocacia-Geral da União). Em 25 anos, só duas vezes pessoas da carreira ocuparam o cargo.

As entidades que representa­m os defensores estão tentando uma audiência com Onyx Lorenzoni — até agora, em vão. “A carreira tem nomes para ocupar o cargo. Não há necessidad­e de buscar fora”, diz Marcia David, presidente da associação dos advogados da União. mapa A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de SP, presidida por Eduardo Suplicy (PT-SP), criou um grupo extraordin­ário para acompanhar casos de violência. A ideia é dar visibilida­de a eles e encaminhar as vítimas a serviços públicos de atendiment­o.

A plataforma Mapa da Violência já registrou mais de cem casos na cidade, de acordo com a comissão.

A Ancine (Agência Nacional do Cinema) divulga nesta quarta (31) 21 projetos que já foram escolhidos no edital fluxo contínuo de produção de cinema. Entre os selecionad­os estão duas cinebiogra­fias.

Uma é a ficção “Meu nome é Gal”, que conta a trajetória da cantora Gal Costa desde a adolescênc­ia. O outro projeto é o documentár­io musical “Fausto Fawcett Na Cabeça!”, sobre o compositor de sucessos como “Kátia Flávia, A Godiva do Irajá”e “Rio 40 Graus”.

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