Justiça manda USP fazer obras de emergência no Museu do Ipiranga
A Justiça paulista mandou a USP fazer obras emergenciais no Museu do Ipiranga (zona sul) por causa do risco de incêndio. Na decisão, o juiz Alberto Muñoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública, citou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelo fogo em 2 de setembro.
A decisão determina que a USP, responsável pelo museu, cumpra todas as exigências em 15 dias, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. O museu está fechado desde 2013.
A determinação atende a um pedido feito em ação civil pública da Promotoria do Meio Ambiente. Refere-se somente à manutenção do prédio e não está relacionada às obras de restauração.
Vistoria do Ministério Público constatou rachaduras, trincas ou fissuras em várias salas internas, desde a cobertura até o subsolo, em razão de recalques e movimentação estrutural da edificação. Havia ainda, diz a Promotoria, fios expostos e forros deteriorados, sem tratamento para suportar o fogo, e o sistema de detecção de incêndios estava inoperante.
Entre as medidas determinadas pela Justiça estão ativação dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, garantia de presença permanente de bombeiros civis e o aumento de equipamentos de combate a incêndios.
A direção do museu afirmou que ainda não foi notificada, mas que após a visita do Ministério Público e nova vistoria própria decidiu adotar medidas de segurança. Entre elas, citou o desligamento da energia nos telhados, no sótão e em duas torres.
Afirmou ainda que descartou materiais inflamáveis do subsolo e contratou uma empresa para recarregar os extintores de incêndio.
Segundo a administração do museu, laudo de uma empresa contratada comprova que não há risco de desabamento, e o projeto executivo do restauro contempla todas as recomendações.