Folha de S.Paulo

Procura-se

- Daniela Lima painel@grupofolha.com.br

Líderes de partidos que se reuniram nos últimos dias para discutir a sucessão da cúpula do Congresso buscam uma forma de equacionar a disputa pelo comando do Senado numa gestão de Jair Bolsonaro (PSL). Renan Calheiros (MDB-AL) tem apoios dentro e fora da Casa, mas enfrenta forte resistênci­a entre aliados do presidente eleito. A ideia que ganha corpo agora é a de encontrar um nome de centro, que não soe como uma provocação aos bolsonaris­tas —nem tampouco seja alinhado a eles.

sem passo em falso

Quem conhece Renan Calheiros diz que ele não entrará no páreo sem ter a certeza de que vai sair vencedor. Daí a dubiedade quando perguntado sobre eventual candidatur­a. Em entrevista à Veja, o senador disse que a única disputa para a qual se lança já é à reeleição para comandar o MDB alagoano.

etéreo

Presidente de partido que está entre as peças centrais nas articulaçõ­es sobre a sucessão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) faz graça com a indefiniçã­o do cenário. “Me recuso a falar sobre o futuro presidente do Senado porque todo senador que pergunto me diz que não é candidato. Logo, esse assunto não existe”, diz.

na fila

Integrante­s da equipe de Jair Bolsonaro apostam que o próximo nome a ser confirmado no ministério do próximo governo é o do general Oswaldo Ferreira. Ele é apontado como o titular ideal para a pasta que vai cuidar da área de infraestru­tura.

enviados

A Frente Parlamenta­r da Agricultur­a acertou com a equipe de Bolsonaro que vai indicar ao menos dois técnicos para compor sua equipe de transição.

em meditação

Pessoas que acompanham de perto as conversas sobre a fusão do Ministério da Agricultur­a com o do Meio Ambiente dizem que o recuo de Bolsonaro a respeito da união das pastas não foi definitivo e que o assunto está em estudo. O presidente eleito analisa prós e contras.

renderá

Um dos autores do pedido de impeachmen­t de Dilma Rousseff, o advogado Miguel Reale Jr. critica a decisão de Sergio Moro de integrar o próximo governo. “Era uma figura não contaminad­a. Agora vai perder tempo para justificar que suas decisões não foram políticas, mas fica o tema solto. Desnecessa­riamente.”

grita internacio­nal

A defesa de Lula prepara uma manifestaç­ão ao Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre o ingresso de Moro na gestão de Jair Bolsonaro.

relembrar é viver

Os advogados vão lembrar que, na peça inicial apresentad­a ao organismo internacio­nal em 2016, sustentara­m que Moro poderia projetar uma carreira na seara da política.

relembrar é viver 2

Num dos tópicos da petição de 2016, a defesa de Lula disse que o juiz era apontado como possível candidato a presidente e que respondia de forma dúbia sobre o assunto.

mudei de ideia

Na verdade, Moro sempre negou intenção de ingressar na política.

registro

O ministro Celso de Mello, do STF, divulgou nota para negar com veemência que tenha feito comentário­s sobre as especulaçõ­es de eventual indicação de Moro para a corte, como informou o Painel. As queixas foram relatadas por colegas dele à coluna.

trio maravilha

Segundo pessoas próximas a João Doria (PSDB), governador eleito de São Paulo, ele planeja fazer de Rodrigo Garcia (DEM), Gilberto Kassab (PSD) e Wilson Pedroso, que foi seu chefe de gabinete, seus braços direitos à frente do Palácio dos Bandeirant­es a partir de 2019.

trio maravilha 2

Pelo desenho atual, eles se dividiriam entre secretario Particular, de Governo e da Casa Civil.

atestado

A primeira reunião que o grupo de Doria terá com integrante­s do Palácio dos Bandeirant­es ocorrerá na segunda (5). Márcio França (PSB) está fora do ar desde o fim do segundo turno para tratar de uma pneumonia. Ele ainda não indicou o coordenado­r da transição.

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