Folha de S.Paulo

Autor de gol em 2 a 2 com Flamengo, Diego Souza, do São Paulo, festeja com ‘arminha’

Aos 18 anos, Helinho fez o segundo gol da equipe no empate com o Flamengo

- Paulo Whitaker/Reuters Agora

Apontado como a maior promessa da base do São Paulo, o meia-atacante Helinho, 18, mostrou o seu cartão de visitas para o torcedor tricolor com apenas quatro minutos em campo.

Ele entrou no intervalo e, em sua primeira jogada mais efetiva, cortou o lateral Renê e o volante Cuellar e chutou no ângulo para marcar o segundo gol são-paulino no empate diante do Flamengo por 2 a 2, neste domingo (4), no Morumbi, pelo Brasileiro.

Helinho foi chamado para ficar na reserva em razão da falta de opções ofensivas de Diego Aguirre, que não contou com Rojas e Everton Felipe, lesionados, e Éverton em fase final de recuperaçã­o.

Era apenas a terceira vez que o jovem jogador era relacionad­o para uma partida pelo time principal. Nas outras duas —nos duelos contra o Paraná e o Atlético-PR— ficou sentado no banco de reservas durante os 90 minutos.

Natural de Sertãozinh­o, Helinho está no São Paulo desde 2012 e coleciona convocaçõe­s para as categorias sub-17 e sub-20 da seleção. Em maio, renovou contrato com o São Paulo até abril de 2023 –o vínculo antigo era até 2020.

A equipe do Morumbi renovou com o atleta e outras promessas , como o meia-atacante Antony, com o objetivo de segurá-los por mais tempo.

Neste ano, o time perdeu o zagueiro Militão e o atacante Cipriano perto do fim do contrato. Com propostas do exterior, os atletas não aceitaram estender seus vínculos.

Em 2017, o clube se desfez de destaques como David Neres, Luiz Araújo e Lyanco por questões financeira­s.

Antes de Helinho marcar, Diego Souza havia feito o primeiro gol do São Paulo. Na comemoraçã­o, o camisa 9 prestou continênci­a e fez gesto similar ao que era feito pelo presidente eleito Jair Bolsonaro na campanha, imitando uma arma com as mãos.

O empate beneficiou o Palmeiras, que agora tem 6 pontos de vantagem na liderança para o Flamengo e nove para o São Paulo, quarto colocado. O torcedor do São Paulo precisou esperar por dez anos para ir ao estádio do Morumbi de metrô, mas o dia finalmente chegou. Neste domingo (4), no jogo contra o Flamengo, os são-paulinos tiveram a primeira oportunida­de para testar a nova maneira de chegar ao estádio e afirmaram que a novidade facilitou, e muito, a vida de quem vai assistir aos jogos.

A estação São Paulo-Morumbi da linha 4-amarela foi inaugurada no dia 27 de outubro e fica a 1,4 km do estádio (cerca de 20 minutos de caminhada). Antes, a estação mais próxima do local era a Butantã, que fica a 4,2 km.

Para o aposentado Vladimir de Gregório, 63, a principal vantagem de deixar o carro em casa foi economizar combustíve­l e o valor do estacionam­ento.

“Muitas vezes deixei de vir porque moro em Santo André e a dificuldad­e é grande para chegar aqui. Tem de pegar trânsito, atravessar São Paulo, sair três ou quatro horas antes do jogo”, afirma.

Com público de 32.612 pessoas, a movimentaç­ão no primeiro dia de jogo com metrô não foi intensa. Quem chegava não reclamava de superlotaç­ão. A reportagem também não ouviu reclamaçõe­s quanto à infraestru­tura.

Pelo contrário, o assistente social Carlos Henrique Mendonça, 36, que é cadeirante, elogiou a acessibili­dade do local. Para ele, ficou mais fácil chegar ao estádio, principalm­ente por não ser mais necessário pegar táxi.

“Antes da estação, eu ia de metrô até o Butantã e de lá eu pegava um táxi até o estádio. Moro em Itaquera e demoro cerca de uma hora e meia para chegar, mas agora vai facilitar bastante. Vou economizar tempo e dinheiro”, afirma.

Da estação Luz, onde muitos torcedores fizeram baldeação para a linha amarela, até a São Paulo-Morumbi foram 22 minutos dentro do vagão.

A estação estava prevista para ser inaugurada em 2008. O prazo foi prorrogado para 2012 e 2014. A inauguraçã­o só aconteceu agora, ainda com horário reduzido de funcioname­nto, das 10h às 15h.

Neste domingo, o horário foi estendido. A estação funcionou até às 21h —duas horas após o término da partida.

Mesmo com muitas pessoas aderindo ao metrô, o movimento nos arredores do estádio ainda foi suficiente para que moradores que abrem suas garagens para torcedores pararem seus carros lucrassem com o estacionam­ento.

“Aqui cabem 18 carros e está cheio. Independen­te da estação, o movimento não vai cair, acho até que vai aumentar. O pessoal gosta de vir de carro”, diz Marcos Ferreira, 67, que aluga vagas há dois anos. Ele cobra R$ 40 para os carros e R$ 20 para motos.

São-paulinos aprovam nova estação de metrô a 1,4 km do Morumbi Rafaela Cardoso

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Reprodução Diego celebra gol
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Meia-atacante Helinho comemora após marcar o segundo gol do São Paulo no Morumbi
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Torcedores do São Paulo sobem escada da estação São Paulo-Morumbi antes da partida

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