APÓS REUNIÃO, MICHEL TEMER DIZ TER CONVIDADO JAIR BOLSONARO PARA IR À CÚPULA DO G20
Em encontro no Planalto para discutir a transição de governo, o presidente também disse ao sucessor que o ajudará a aprovar projetos
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quarta-feira (7) que pretende fechar embaixadas do Brasil no exterior que estejam ociosas. “Se for ociosa, eu vou fechar sim”, disse ele.
No início da semana o governo do Egito cancelou uma visita que o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, faria ao país árabe. Ele desembarcaria nesta quarta.
O cancelamento do compromisso alimentou temores de boicote comercial, em retaliação ao plano do presidente eleito de transferir a embaixada do Brasil em Israel em Tel Aviv para Jerusalém.
“Quem decide a capital de um Estado é o Estado. Não vejo motivo para essa celeuma. Essa questão do Egito, pelo que eu sei, não tem nada a ver com o que eu falei durante a campanha”, disse Bolsonaro a jornalistas após se reunir com o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio Noronha.
“Ninguém quer perder negócio. É prematura qualquer retaliação, de um lado ou de outro”, afirmou.
Indagado sobre quem vai ocupar o Ministério das Relações Exteriores, Bolsonaro respondeu que será alguém “sem viés ideológico” e acrescentou que está “avaliando vários nomes”. Bolsonaro disse ainda que não tem previsão de ir aos EUA neste ano.
O presidente eleito também foi questionado sobre a Embaixada da Palestina em Brasília. “Não vou discutir esse assunto. O problema é que ela está muito próxima do Palácio do Planalto. Nenhuma embaixada pode estar assim, tão próxima do presidente da República. Nenhuma, eu falei”, destacou. A distância é de menos de dois quilômetros.
Em entrevista a um jornal israelense na semana passada, Bolsonaro havia dito que “a Palestina antes precisa ser um Estado para que tenha direito a uma embaixada”.