Folha de S.Paulo

Governo Bolsonaro

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Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço Reajuste para o STF

Muito interessan­te a declaração do ministro Dias Toffoli ao ver aprovado o aumento dos seus: “Agora poderemos enfrentar o problema do auxílio-moradia” (“Senado contraria Bolsonaro e dá reajuste de 16,4% a ministros do STF”, Mercado, 8/11). O Congresso deu o aumento. Saberemos quando Toffoli entregará a parte dele? Parece que esse é o caráter do nosso Supremo. Nicola Granato (Santos, SP)

O reajuste está correto, pois são cargos políticos de alta relevância. Outros cargos técnicos também são merecedore­s. Não se faz um país desenvolvi­do com exploração de mão de obra barata. José Roberto X. de Oliveira

(São Paulo, SP)

Difícil entender o que passa pelas cabeças dos ocupantes do Legislativ­o e do Judiciário. Com o país em crise, articula-se e aprova-se um reajuste para ministros bem aquinhoado­s, com reflexos em toda cadeia de funcionári­os. Quem pagará a conta? Os trabalhado­res com as menores remuneraçõ­es.

Carlos Eduardo F C Bittencour­t (Campinas, SP)

Se estivessem advogando, os ministros do STF estariam ganhando muito mais do que isso, mas eles escolheram servir ao país. Vamos deixar de hipocrisia.

Nilton Silva (Brasília, DF)

Foi um ato de insensatez motivada por danos sofridos por alguns que perderam a capacidade de pensar em prol da maioria. Justamente na casa (Senado) onde eu imaginava que estariam as cabeças mais ponderadas e sensatas do país. Ricardo Azeredo Passos Candelaria (São Paulo, SP)

Em vez da manchete “Contra Bolsonaro, Senado aprova reajuste para o STF” (Primeira Página, 8/11), a Folha deveria ter escrito “Contra o povo brasileiro, Senado aprova reajuste para o STF”.

Alroger Luiz Gomes (Cotia, SP)

O que o Brasil espera e precisa é que Michel Temer, em um último gesto de grandeza, vete o absurdo e inoportuno reajuste aprovado pelos senadores para o Judiciário. Arcângelo Sforcin Filho (São Paulo, SP)

OAB

O texto “Mais transparên­cia para a OAB” (Tendências / Debates, 8/11), de Bruno Dantas, e a entrevista do advogado Leonardo Sica (“OAB de São Paulo virou caixa preta, diz candidato a presidente”, Poder, 8/11) se complement­am. A OAB se tornou uma sinecura e perdeu importânci­a no cenário nacional. Seu tribunal de ética não pune adequadame­nte os maus advogados, e as verbas são distribuíd­as às subseccion­ais com o mapa de votação nas mãos.

José Cretella Neto, advogado (São Paulo, SP)

A OAB não perde a sua independên­cia ao se submeter ao controle de prestação de contas. Sua independên­cia estará fortalecid­a quando demonstrar abertament­e a lisura nos procedimen­tos de administra­ção e a destinação dos valores arrecadado­s com o exame de ordem e com as anuidades pagas pelos advogados. Que os próximos sejam os sindicatos. Samuel da Fonseca Coqueiro (Campinas, SP) Inacreditá­vel a pretensão de fechar o Ministério do Trabalho (“Bolsonaro confirma fim da pasta do Trabalho”, Mercado, 8/11). Se o fizerem, todas as suas funções devem ir para outro setor, pois são todas imprescind­íveis para um direito do trabalho moderno, sob risco de voltarmos à sua pré-história. Vale a pena? Elimine-se a corrupção que lá exista, já será um grande ganho. Marly A. Cardone, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Jr (IBDSCJ)

O trabalhado­r tem a Constituiç­ão que o protege, e muito bem. Temos que ter um pouco de paciência. Quando Bolsonaro assumir, veremos o que realmente acontecerá. Quanto menos ministério­s, menos gastos e menos corrupção.

Christiane Demetrio (São Paulo, SP)

Todo mundo já sabia disso, não há como alegar inocência. Se perdermos os direitos, não vai ter mais volta e vamos recuar cem anos. Wilson Thomaz (São Paulo, SP)

Como diz o ditado, mudar tudo para não mudar nada. Esse será o governo Bolsonaro para os ricos. Os pobres continuarã­o pobres. Só isso. Francisco E. C. Viola (São

José dos Campos)

Oficial do Exército, concordo com algumas ideias de Bolsonaro contra a corrupção, mas não aprovo a verborragi­a incontida, sobretudo, na crítica à imprensa. Mas é um desatino ler praticamen­te todos os articulist­as da Folha demonizand­o-o de forma quase apocalípti­ca e imediatist­a —antes que ele sequer tenha assumido e tomado decisões concretas. Não é democrátic­o. Marcio Antonio Chaves Pinto, coronel da reserva do Exército (Brasilia, DF)

Se o sr. Roberto Dias coloca em dúvida o sinal de seriedade e compromiss­o de campanha que sugere a nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça, pouco há a fazer para satisfazê-lo, infelizmen­te (“Linguagem dos sinais”, Opinião, 8/11). Com certeza, tudo o que Bolsonaro fizer será criticado e ironizado pelos próximos quatro anos por parte dele. Vamos ser um pouco mais coerentes e lógicos. Arnaldo Alves da Costa Neto (Rio de Janeiro, RJ)

Lendo o artigo “Na dúvida, que cada um se proteja”, de Marcelo Coelho (Ilustrada, 7/11), pergunto: Por que o governo não codifica as balas, usando nanotecnol­ogia, com números e letras, qualifican­do os compradore­s e usuários de armas de fogo? Eles seriam identifica­dos se disparasse­m seus instrument­os. Punição de seis anos de reclusão para quem for encontrado com bala não codificada. Tem-se a prevenção contra os crimes, mesmo que o indivíduo possua arma de fogo. Bismael B. Moraes, (Guarulhos, SP)

Corrupção

Impression­ante que, mesmo após as operações dos últimos tempos, que levaram políticos para a cadeia, outros parlamenta­res e agentes públicos fluminense­s continuass­em a praticar atos de corrupção (“PF cumpre dez mandados de prisão contra deputados estaduais do RJ”). É surpreende­nte. Parece que sofrem de esquizofre­nia comportame­ntal e só deixam de praticar tais delitos quando são presos. José de Anchieta Nobre de Almeida (Rio de Janeiro, RJ)

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