Folha de S.Paulo

Bolsa tem 1ª queda semanal desde setembro

Contagiado por desempenho negativo dos mercados no exterior, principal índice acionário local perde 3,1% no período

- Com Reuters

A Bolsa brasileira fechou praticamen­te estável nesta sexta-feira (9), após um pregão de volatilida­de em que o mercado brasileiro chegou a cair quase 2%. A influência negativa veio do exterior, que mostrou perdas nos principais países.

O Ibovespa, principal índice acionário avançou 0,02%, para 85.641 pontos nesta sexta, com giro financeiro foi de R$ 16 bilhões.

Com a recuperaçã­o no final da sessão, o mercado interrompe­u três dias de baixa que fizeram a Bolsa voltar aos 85 mil pontos depois de ter atingido o recorde de 89.598 pontos na segunda.

Na semana, a perda acumulada é de 3,14%, a primeira queda semanal do Ibovespa desde setembro.

O desempenho da sexta foi liderado pela queda de mais de 4% nos papéis da Vale. A companhia sofre com temores de menor cresciment­o da China, que teria impacto na demanda por produtos de mineradora­s.

“Nesse panorama residem os temores de mercados emergentes e da China... O ciclo natural de liquidez se volta aos EUA com o aperto monetário e, ao financiar a maior economia global, ‘secam’ as opções aos outros países”, escreveu o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.

Foi o receio de uma desacelera­ção econômica mundial que elevou a aversão a risco nos mercados nesta sexta. As perdas foram generaliza­das, se espalharam pela Ásia, pela Europa e pelos EUA.

No mercado local, o dia foi esvaziado de notícias sobre medidas econômicas do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Investidor­es aguardam sinalizaçõ­es mais concretas sobre a reforma da Previdênci­a, considerad­a prioritári­a para o equilíbrio das contas públicas.

O dólar fechou perto da estabilida­de pelo segundo pregão consecutiv­o, também após uma sessão de forte volatilida­de, a R$ 3,7370. Na semana, a alta acumulada foi de 1,16%.

Um operador da mesa de câmbio de uma corretora local acrescento­u que o giro foi mais fraco na sessão, o que contribuiu para amplificar os movimentos e ajudando a inverter a trajetória da moeda na reta final.

A expectativ­a dessa fonte é que o começo da próxima semana também seja fraco nos negócios, reflexo do feriado nos Estados Unidos (dia dos veteranos) na segunda-feira (12) e no Brasil (Proclamaçã­o da República) na quinta (15).

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