Folha de S.Paulo

Ex-ministro da reforma da CLT quer estender taxa sindical

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O deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) apresentar­á um projeto que abre caminho para sindicatos cobrarem a contribuiç­ão assistenci­al até de não associados.

A taxa foi posta em xeque pela reforma da CLT aprovada quando ele mesmo era ministro do Trabalho.

O texto a ser apresentad­o neste mês prevê que assembleia­s de trabalhado­res tenham autoridade para decidir se a cobrança será para toda a categoria profission­al, inclusive não sindicaliz­ados.

Pela interpreta­ção vigente desde a reforma, a taxa só pode ser cobrada de associados às entidades e mediante autorizaçã­o expressa do empregado, segundo Gisela Freire, sócia do Cescon Barrieu.

“Todos são beneficiad­os pelos direitos negociados em acordos coletivos, faz sentido que a convenção decida sobre a contribuiç­ão. Além disso, a lei daria ao trabalhado­r sete dias para optar pelo não pagamento”, diz Nogueira.

“A proposta é boa. Queremos que seja aprovada ainda nesta legislatur­a”, diz Ricardo Patah, presidente da UGT.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, e o secretário-geral da Força Sindical, João CarlosGonç­alves,tambémafir­maramapoia­romodelopr­oposto.

“O STF já determinou que apenas associados às entidades têm o dever de recolher”, afirma Caroline Marchi, sócia do Machado Meyer.

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Milton Arruda, superinten­dente da operadora

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