Folha de S.Paulo

Empoderada, Anitta lança três canções e três clipes em três línguas no EP ‘Solo’

- Ivan Finotti

“A gente já tem várias amigas cobra na vida, né? Agora tenho algumas de verdade”, diverte-se Anitta, ao falar de “Veneno”, um de seus três novos clipes, lançados na sexta-feira (9), que compõem seu último trabalho o EP “Solo”.

Três horas após o lançamento, cada um dos clipes havia sido assistido cerca de 500 mil vezes no canal oficial da cantora no YouTube. O nome do projeto vem do fato que ela cantando as três canções sozinha desta vez.

Em “Veneno”, cantando em espanhol (“já sou reconhecid­a em praticamen­te todos os países da América Latina”) e contracena­ndo com 29 cobras, a artista carioca se recuperou do susto de tentar filmar com uma naja há pouco mais de um ano, para o clipe de “Sua Cara”. “Naquela ocasião não deu certo, ela tentou me atacar várias vezes e desisti.”

Desta vez, sob o comando do diretor João Papa, as cobras envolveram Anitta com amor. Papa, aliás, dirigiu os três clipes do novo projeto.

Em “Não Perco Meu Tempo”, um funk cantado em português ao estilo de “Vai Malandra”, a moça beija 24 pessoas de todas as cores e sexos. “Filmei o mesmo plano sequência umas 60 vezes”, conta Papa, diretor de publicidad­e de 31 anos premiado em Cannes.

A terceira canção, “Goals”, foi composta e produzida por Pharrell Williams, atual midas do soul e hip hop norte-americano.

É neste que se deposita a ambição da cantora: “Até agora, o que fiz em inglês foi mais como um posicionam­ento. Nosso trabalho para o mercado de música americano começa de fato no ano que vem.”

No clipe, Anitta engatinha de vestido colado sob um espelho de água e dança de costas para a câmera. Há cenas em que aparece nua. O bumbum, enfim, é o grande protagonis­ta de “Goals”.

Nos três vídeos, ela aparece hipersexy, a exemplo do que vem fazendo em sua carreira. “Costumo usar os clipes como forma de ‘empoderame­nto’ feminino, de passar mensagens positivas e de mostrar as referência­s de minha realidade”, disse Anitta. “A gente pode fazer o que quiser e não se limitar às expectativ­as da sociedade.”

Tendo se posicionad­o na campanha eleitoral pelo lado do #EleNão, ela diz temer pelo retrocesso de liberdades individuai­s “não só no país, mas no mundo inteiro”.

“Meu pensamento como artista é o da evolução das pessoas, fazê-las refletir sobre si mesmas e, dentro do que possa, avançar.”

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Jorge Allaniz/Divulgação A artista no clipe ‘Veneno’, com 500 mil visualizaç­ões em três horas na sexta

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