Folha de S.Paulo

Seu carro turbo engasgou? O problema pode estar no óleo sobrerodas

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Os motores turbinados chegaram aos modelos de carros compactos e estão mudando os padrões de manutenção. A principal diferença está no tipo de óleo utilizado.

O Volkswagen Up 1.0 TSI (R$ 56,8 mil) e o Hyundai HB20 1.0 Turbo (R$ 51,8 mil) utilizam lubrifican­tes sintéticos com as mesmas especifica­ções daqueles usados em veículos de alto desempenho. O litro do produtocus­ta, em média, R$ 40, o dobro do que é cobrado por compostos minerais.

Contudo, economizar na escolha vai causar problemas ao proprietár­io.

Segundo Cezar Cerbam, que é gerente técnico da Shell Lubrifican­tes, os óleos são desenvolvi­dos sob medida para os motores atuais dos carros, levando-se em consideraç­ão o cálculo da necessidad­e de lubrificaç­ão desde o momento em que é dada a partida até o fluido chegar ao comando de válvulas.

O especialis­ta afirma que a utilização do óleo incorreto em motores turbo pode gerar perda de força, aumento de consumo e formação de borra. O problema pode piorar justamente quando o dono do carro resolve fazer a coisa certa, explica Cerbam.

“O motorista que estava utilizando o óleo errado leva o carro para a revisão e realiza a troca pelo óleocorret­o. Como havia acúmulo de sujeira no motor, o lubrifican­te adequado começa a fazer a limpeza”, diz o especialis­ta.

Como parte da borra acumulada passa a circular, pode acontecer entupiment­o e é então que o veículo passa a apresentar barulhos estranhos e engasgos. A luz no painel que indica a pressão no sistema de lubrificaç­ão também pode acender, significan­do que é necessário parar o carro imediatame­nte.

Para evitar esses problemas, basta respeitar os prazos de troca do lubrifican­te e as recomendaç­ões expressas no manual, diz Cerbam.

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