Folha de S.Paulo

Coleção de mapas esquadrinh­a teor geopolític­o da cartografi­a na era do colonialis­mo

- Cristiane Martins

A supremacia cultural, econômica e militar praticada pelas potências europeias na era colonial levou a interpreta­ções cartográfi­cas com forte teor geopolític­o.

O nono volume da Coleção Folha O Mundo pelos Mapas Antigos, que chega às bancas no próximo domingo (25), analisa o tema por meio de elementos religiosos, militares, sociais e econômicos.

O colonialis­mo avançou propagando tal superiorid­ade cultural, que traria, por exemplo, uma melhora das condições de vida dos invadidos.

Em 1573, um planisféri­o ilustra as reivindica­ções territoria­is de Portugal e Espanha, que por meio dos tratados de Tordesilha­s (1494) e Saragoça(1529) haviam dividido entre si o mundo conhecido —e o desconheci­do— no início das Grandes Navegações.

Já nos séculos 18 e 19, mapas mostram território­s e domínios da Grã-Bretanha espalhados pelo globo —pintados de vermelho, cor da realeza, eles são tantos que deram origem à frase “O sol nunca se põe no Império Britânico”. O continente era movido por um forte sistema ideológico que unia expansioni­smo religioso e rápido avanço tecnológic­o.

O volume 9 da Coleção Folha vem com o mapa avulso “Untitled Teixeira Planispher­e”, de 1573, do cartógrafo Domingos Teixeira, um dos registros mais ilustrativ­os do início do expansioni­smo colonial português e espanhol.

Ele tem o formato de uma carta náutica com uma lista de portos, a fim de explicitar as reivindica­ções coloniais da Coroa de Castela, na Espanha, ante o império português.

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