Folha de S.Paulo

Fusões e aquisições vão crescer 15% em 2019, diz consultori­a

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As fusões e aquisições, que têm se acelerado neste último trimestre, deverão encerrar 2018 com uma alta próxima dos 10% e crescer 15% em 2019, segundo projeção da consultori­a PwC Brasil.

No acumulado deste ano até outubro, foram 538 operações, 4% a mais do que no mesmo intervalo de 2017. Só no mês passado, porém, foram 68 transações, recorde para o período desde 2014.

“A incerteza das eleições deixou investidor­es de outros países e fundos de investimen­to em compasso de espera, mas desde o segundo turno há uma retomada, que vai se intensific­ar no próximo ano”, diz Rogério Gollo, sócio da PwC.

Os estrangeir­os —que neste ano fizeram 37% das aquisições— deverão aumentar sua participaç­ão já nos próximos meses, segundo ele.

“Eles responderã­o por metade dos aportes. Veremos mais transações em ramos como saúde, educação básica, varejo e infraestru­tura”, diz Piero Minardi, da ABVCap (associação de fundos de private equity e venture capital).

Se a política econômica do novo governo mexicano, liderado por López Obrador, for antimercad­o, poderá haver fuga de capitais do país em direção ao Brasil, de acordo com analistas ouvidos pela coluna.

O apetite chinês pelos ativos brasileiro­s, tradiciona­l em áreas como infraestru­tura e agronegóci­o, deve permanecer relevante, apesar da recente tensão com Bolsonaro, afirma Arthur Penteado, sócio do escritório Machado Meyer.

“O presidente eleito manifestou preocupaçã­o com o tema, mas a relação com o Brasil sempre foi boa. A China pensa a longo prazo e buscará compreende­r a nova política.”

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