Favorito, atual presidente se fia em renovação com a Crefisa
Apoiado por dona da patrocinadora do clube, Maurício Galiotte destaca equilíbrio das contas do Palmeiras
são paulo Atual presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, 49, busca a reeleição apoiado no equilíbrio das contas do clube e no seu sucesso dentro de campo. Apoiado pela conselheira Leila Pereira, que é dona da Crefisa, patrocinadora do clube, ele chega à eleição deste sábado (24) como favorito.
A relação com a patrocinadora é o principal ponto de divergência entre Galiotte e seu concorrente. Os dois candidatos compuseram chapa única na última eleição.
O contrato de patrocínio da Crefisa se encerra no fim do ano, mas o atual presidente promete que, se for reeleito, o acordo será renovado.
Qual legado vai levar do seu primeiro mandato? Cumpri
tudo o que tinha prometido, que era equalizar as finanças, pagar as dívidas com os fundos, investir. O Palmeiras há muitos anos não tinha um patrimônio líquido positivo.
Como o Palmeiras vai trabalhar no Paulista?
De uma maneira estratégica, que servirá como preparação. Temos campeonatos maiores e mais importantes que o regional durante o ano.
Há possibilidade de o clube e a federação se entenderem?
Faltou respeito da federação com o Palmeiras. No momento, do jeito que está estruturada, com todas as pessoas que participaram de tudo o que ocorreu [final do Paulista], não há nenhum caminho. Se houver uma reestruturação, a gente pode ver.
Como estão as finanças do clube?
O Palmeiras tem equilíbrio financeiro. Tem fontes diversas de receitas. Isso aconteceu a partir de 2015. Inauguramos a arena, a Crefisa chegou, o número de sócios-torcedores cresceu e aumentamos as arrecadações.
O clube sobreviveria sem um patrocínio?
Sim. Temos um leque muito interessante de fontes de receita, o que capacita o Palmeiras a viver os próximos anos. O que mudaria nisso tudo é que teríamos de ter bastante responsabi- lidade administrativa para o clube não se endividar, como aconteceu em outras gestões, e mudaria o nosso planejamento.
O que a Leila pode fazer dentro do clube?
A Leila é sócia, conselheira, dona da patrocinadora. É uma situação peculiar. Como conselheira, ela participa e se posiciona. Como patrocinadora, tem os contratos já definidos, inclusive, se eu for reeleito, vamos renovar. Se eu não for, garanto que me esforçarei para isso. Ela tem um negócio com o Palmeiras e o posicionamento é muito claro: se tiver qualquer mudança com o uniforme, eles querem ser envolvidos, o que é legítimo. A propriedade faz parte do acordo.
Apoiaria a Leila em 2021 caso ela tente uma eleição?
Até lá, precisarei entender tudo o que estará acontecendo, não sei se ela será candidata.
Como o clube vai pagar o valor que deve à Crefisa?
No contrato antigo, a patrocinadora emprestava dinheiro ao clube, que comprava os atletas, e o clube pagaria quando eles fossem vendidos. Esses contratos foram denunciados à Receita Federal e a patrocinadora recebeu uma multa. A Receita entende isso como empréstimo, então, foi feita uma alteração contratual. Antigamente, se tivesse um prejuízo, ficaria com a patrocinadora. Hoje, se a transação não for lucrativa, o prejuízo é do clube.
Já chegou a acordo com a Globo [sobre os direitos de TV do Brasileiro]?
Até o momento, não. Temos as medições de audiência, sabemos a importância do Palmeiras no cenário nacional, o valor da nossa marca. Isso tudo impacta e, até o momento, não teve êxito, tanto pay-per-view quanto TV aberta. O atual contrato vence em dezembro. Há, sim, o risco de o Palmeiras ficar fora da TV aberta em 2019. Estamos negociando.