Fazenda critica patrocínio de cervejas no Carnaval
Ao optar por contratos de exclusividade com fabricantes de bebidas como Ambev e Heineken durante grandes festas populares como o Carnaval e shows agropecuários, o poder público pode ter prejudicado os consumidores e limitado a concorrência no mercado, exigindo a investigação de órgãos de controle, afirmou o Ministério da Fazenda em parecer sobre o setor.
Investigação da Seprac (Secretaria de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência) localizou indícios de condutas anticompetitivas na exclusividade de venda de bebidas em Carnavais promovidos pelas prefeituras de Belo Horizonte, Olinda, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, entre outras. Foram identificados problemas também em festa agropecuária de Barretos (SP).
O tamanho dos eventos e o tipo de contrato fechado pelo poder público com as empresas indicam que os prejuízos ao consumidor podem ultrapassar o período das festas, na avaliação do economista Roberto Taufick, assessor da Seprac, responsável pela investigação.
A Ambev disse que os eventos que patrocina são sempre feitos de acordo com as legislações aplicáveis, visando o interesse público e dos cidadãos. A Heineken disse respeitar as leis.
As prefeituras de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Barretos não haviam se pronunciado até a conclusão desta edição.