Folha de S.Paulo

Presidente argentino culpa barras bravas por adiamento

- Sylvia Colombo

Três dias depois do incidente que causou a suspensão da segunda partida das finais da Copa Libertador­es de 2018, o presidente Mauricio Macri deu pela primeira vez declaraçõe­s públicas sobre o ocorrido, ao lado dos ministros Patricia Bullrich (Segurança) e Germán Garavano (Justiça).

Ele declarou estar “frustrado” com o fato de que “a violência ganhou espaço”. Porém, insistiu que as autoridade­s responsáve­is não irão ceder “aos violentos, às máfias que muitas vezes estão detrás desse tipo de tragédias”.

Macri respaldou as declaraçõe­s de domingo de Horacio Rodríguez Larreta, chefe de governo de Buenos Aires, que disse que a culpa pelo incidente, que provocou o apedrejame­nto do ônibus do Boca, era de “energúmeno­s” pertencent­es às barras bravas, a quem não havia sido permitida a entrada no estádio. E acrescento­u: “Isso que ocorreu tem de nos levar à reflexão, não podemos ficar só no anedótico, é preciso uma lei que impeça os barras bravas de premeditar e levar a cabo esse tipo de ataque”.

Macri também se queixou na demora do Congresso Nacional para aprovar lei que endurece as penas de quem se envolver em atos de violência relacionad­os ao futebol.

O presidente, porém, evitou emitir opiniões sobre como deve ficar a final.

Duas horas depois do pronunciam­ento do presidente, Larreta pediu que o ministro de segurança da cidade, Martín Ocampo, renunciass­e, por considerar que os principais erros no planejamen­to da chegada do ônibus do Boca ao Monumental foram cometidos pela polícia metropolit­ana, que responde a essa pasta. Leia mais sobre Argentina na pág. A15

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil