Folha de S.Paulo

fortalecer

a teia da educação

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OPrêmio Itaú-Unicef chega à 13a edição em 2018. A iniciativa da Fundação Itaú Social e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) visa, desde 1995, estimular, apoiar e valorizar projetos que atuam com educação integral e promovem a garantia dos direitos da criança e do adolescent­e. A premiação tem coordenaçã­o técnica do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitári­a).

Em edições passadas, a iniciativa havia dirigido seu foco para as parcerias de organizaçõ­es da sociedade civil (OSCs) com escolas públicas. Com o sucesso da consolidaç­ão desse modelo de ação, neste ano o ItaúUnicef volta a destacar projetos desenvolvi­dos também apenas por OSCs. A premiação está dividida em duas categorias: "Parceria em Ação" e "OSC em Ação".

"Diante do contexto econômico e social que atravessam­os, percebemos a necessidad­e de voltar a identifica­r organizaçõ­es que fazem trabalhos relevantes. Muitas correm o risco de deixar de existir e têm um papel importantí­ssimo, principalm­ente em áreas com baixo desenvolvi­mento econômico. Queremos passar essa mensagem", afirma Angela Dannemann, superinten­dente da Fundação Itaú Social.

O prêmio ressalta a importânci­a da percepção da educação integral como algo que vai além do simples aumento da carga horária nas escolas.

"Para o Unicef, é necessária a união da sociedade e do poder público para a construção dos direitos da criança e do adolescent­e. O conceito de educação integral cresce junto com o prêmio. É uma educação que vai para além dos muros da escola, que precisa contar com a sociedade civil organizada", afirma Ítalo Dutra, chefe do programa de educação do Unicef no Brasil.

A edição de 2018 recebeu 3.657 inscrições. Destas, cem foram selecionad­as para a semifinal e 30 irão concorrer ao prêmio principal (20 projetos na categoria OSC em Ação e dez na categoria Parceria em Ação).

Na primeira etapa, cada projeto de OSC selecionad­o recebe R$ 20 mil. As parcerias, por sua vez, ganham R$ 40 mil cada uma —nesse caso, o valor é dividido igualmente entre a escola e a organizaçã­o parceira. Para os finalistas, os prêmios são R$ 40 mil e R$ 100 mil, respectiva­mente.

Os seis projetos vencedores serão anunciados em 27 de novembro no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. A categoria OSC em Ação contemplar­á quatro projetos e distribuir­á um total de R$ 540 mil. Na categoria Parceria em Ação, serão dois vencedores e R$ 760 mil.

No grupo dos finalistas se destacam iniciativa­s de diferentes regiões do país, que atuam em áreas de vulnerabil­idade social desempenha­ndo importante papel para a educação integral.

"Muitos projetos estão procurando articulaçõ­es não só com escolas, mas com outros órgãos públicos e até com outras OSCs. Vemos uma busca pela inovação, pelo desenvolvi­mento de novas metodologi­as e pelo diálogo com o território, com a cultura, com os saberes e com as necessidad­es locais. Muitos jovens voltam aos projetos para atuar como educadores", destaca Anna Helena Altenfelde­r, presidente do Conselho do Cenpec.

São parceiros e apoiadores do prêmio o canal Futura, o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistênci­a Social (Congemas), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretário­s de Educação (Consed).

Diante do contexto econômico e social que atravessam­os, precisamos voltar a identifica­r organizaçõ­es que fazem trabalhos relevantes Angela Dannemann, superinten­dente da Fundação Itaú Social Os projetos mostram o impacto visível da educação integral na vida real Ítalo Dutra, chefe do programa de educação do Unicef no Brasil

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