Folha de S.Paulo

DIVIDIR OS SABERES E O LAR

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Márcio Carvalho, 42, formouse em teologia e serviço social, é pastor presbiteri­ano e presidente-fundador da Associação Refúgio. Define-se, porém, de outra forma. "O rato come queijo, o gato bebe leite e eu sou palhaço", afirma, emprestand­o a frase da personagem do ator e diretor Selton Mello no filme "O Palhaço" (2011).

Na sede da organizaçã­o, no bairro Ana Rosa, em Cambé (PR), são atendidas 250 crianças e adolescent­es entre seis e 15 anos. Dentre as atividades estão aulas de taekwondo, jiu-jitsu, capoeira, música, dança e circo, além de grupos de diálogo e convivênci­a.

Conhecer o espaço da organizaçã­o não dá a dimensão da jornada de Márcio pela comunidade em que também foi criado. Aos 24 anos, ele alugou uma casa de 68 m2 e chamou algumas pessoas para dividir o espaço. "Dependente químico, travesti, prostituta, gente que eu achava na rua e queria ajudar."

Fez isso por cinco anos, tempo suficiente para estudar, conhecer sua futura esposa e outras pessoas com objetivos em comum, e fundar a instituiçã­o. Ele e a mulher focaram as crianças. Em 2006, alugaram o espaço que hoje sedia a organizaçã­o e formaram uma casa-família, com quatro crianças em risco social.

No ano seguinte, iniciaram os trabalhos que uma década depois resultaram no projeto finalista "Construind­o um Mundo Melhor".

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