A FORÇA DA NATUREZA NA EDUCAÇÃO
A educação ambiental também aparece como linguagem sensibilizadora em projetos finalistas. Exemplos são o "Turma que Faz", da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, em Alto Paraíso de Goiás (GO), e o "Alianças do Sertão", do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM), de Montes Claros (MG). Como outros projetos, ambos utilizam a arte e o esporte, mas investem na preservação do meio ambiente e dos patrimônios locais.
Iniciado pela arte-educadora e musicista Doroty Marques em 2003, o projeto da organização goiana fica junto à entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Em 2015, passou a oferecer oficinas de capacitação em projetos de gestão e produção cultural para jovens e adultos, pensando também no aumento do fluxo turístico na região.
Já o projeto mineiro é fruto de uma organização que reúne representantes dos povos e comunidades do norte do estado: geraizeiros, caatingueiros, veredeiros, indígenas, quilombolas.
Desde 2015, com o "Alianças do Sertão", que atende 300 crianças e adolescentes, trabalha a questão ecológica. "Nas três escolas em que atuamos, construímos cisterna e fizemos horta. Abordamos práticas agroecológicas sustentáveis, que mostram sobretudo que é possível produzir sem agredir, como no conceito de agrofloresta", diz José Neto, 35, mobilizador social. Segundo ele, o tema é caro aos atendidos e às comunidades, uma vez que a região tem problemas com a seca.