Ler e brincar para aprender
Raimundo Oliveira, 48, acredita que a leitura é fundamental para a formação do ser humano. Presidente do Espaço Cultural Nossa Biblioteca e professor da Escola Barão de Igarapé Mirim, em Guamá, Belém (PA), ele lidera a parceria entre as duas instituições que criou o “Construindo um Bairro de Leitores”, com o objetivo de fomentar o gosto pela leitura nos alunos e em suas famílias.
Nascido na localidade, Raimundo frequentou a biblioteca fundada em 1977 por freiras missionárias vindas da Europa. A leitura o incentivou a estudar. Quando assumiu a instituição, em 2004, propôs uma revolução. “Teatro, música, dança, esporte, brincadeiras: todos os caminhos levam à leitura”, afirma.
Barulho e movimento são liberados, e os frequentadores entram e saem sem burocracias. Nesse ambiente descontraído e dinâmico, há sempre alguém com um livro nas mãos. Escola o dia todo
Atividades educacionais no período complementar à escola são fundamentais para manter as crianças conectadas aos estudos. “Com atividades mais lúdicas, os alunos superam o temor de não conseguir avançar no processo educacional. As crianças se engajam mais na escola e a escola reconhece o benefício e nos apoia”, diz Giovana Aparecida Kruger, 50, coordenadora do projeto “Herdeiros da Terra: Ações e Construções Humanizadoras” e presidente da Associação de Voluntários Herdeiros do Futuro.
A iniciativa oferece atividades variadas a 250 alunos da Escola de Educação Básica Deputado Altir Webber de Mello, em Curitibanos (SC). Desde o início das atividades, em 2016, a taxa de reprovação caiu de 21% para 8% .
Outros projetos finalistas que proporcionam atividades extracurriculares para promover o ensino em período integral são “De Mãos Dadas”, do Instituto Ramacrisna, na E.M. Desembargador Souza Lima, em Betim (MG), e “Vamos! Criança”, da Associação de Cidadãos e Cidadãs Solidários Vamos!, na U.E.F. São João Batista, em Bacabal (MA).