Folha de S.Paulo

Texto coloca um prego no caixão do multilater­alismo

- Clóvis Rossi

Os negociador­es do G20 chegaram a incluir uma frase defendendo o multilater­alismo como o princípio organizado­r das relações internacio­nais.

A delegação americana vetou, coerente com o mantra do presidente Donald Trump que exige “a América primeiro” (o que automatica­mente menospreza o resto do mundo). Ficou apenas uma frase anódina (ou “gongórica”, na definição de um dos negociador­es brasileiro­s).

Tirar uma menção ao multilater­alismo do documento do grupo queéa quintessên­cia do multilater­alismo marca o G 20 de Buenos Aires como o ponto mais baixo desse conceito. Só não é (ainda) o seu atestado de óbito porque todos os demais membros defendem o multilater­alismo.

Uma segunda evidência de debilitame­nto da cooperação global—força motriz que levou o G 20 a transforma­r-se, faz dez anos, em reunião de cúpula—éotrech os obre o Acordo de Paris.

Os EUA iniciaram a negociação do texto com um veto à menção desse tratado queéo mais abrangente esforço global para enfrentara mudança climática. O veto não foi acatado pelos parceiros dos EUA, que reafirmara­m que o pacto é irreversív­el e será por eles totalmente implementa­do.

Mas o texto também explicita que o sEU Ase mantêm forado consenso de seus pares.

É verdade que o comunicado

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