Folha de S.Paulo

Construtec­hs colaboram para economia em obras

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Paralelame­nte às fintechs, voltadas ao mercado financeiro, começam a surgir na construção civil as construtec­hs, empresas empenhadas em otimizar os processos de construtor­as e incorporad­oras.

Para o vice-presidente do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Francisco Antunes de Vasconcell­os Neto, as construtec­hs oferecem uma relação vantajosa entre custo e benefício.

“Antes, investir em tecnologia exigia muito gasto com máquinas e processos complexos. Hoje, a evolução da internet e as startups, com jovens com boas ideias, possibilit­aram investimen­tos menores, mas com bons resultados”.

Uma dessas construtec­hs é a CoteAqui, criada em 2014 em Recife (PE) por cinco amigos com experiênci­a em engenharia e gestão de negócios.

“Nosso objetivo é agilizar o processo de cotação de materiais para obras e garantir que construtor­as e incorporad­oras façam suas melhores negociaçõe­s”, diz João Roberto de Queiroz, o diretor comercial.

Pelo site, as empresas dizem quais materiais desejam cotar, e a ferramenta busca os melhores preços. O cadastro de fornecedor­es é gratuito.

Construtor­as pagam mensalidad­e entre R$ 99,90 e R$ 349,90. Segundo Queiroz, a plataforma diminui em até 66% o tempo das cotações.

Outra construtec­h é a baiana Interakt, que criou uma ferramenta de alerta que ajuda a detectar problemas nas construçõe­s. Para isso, aperfeiçoo­u uma ferramenta tradiciona­l, o andon, que usa lâmpadas de diferentes cores para avaliar as etapas do trabalho.

A Interakt desenvolve­u um andon wireless que funciona com tecnologia de transmissã­o de elevado alcance. Por meio do wi-fi, informaçõe­s em tempo real sobre as obras são enviadas para os celulares ou computador­es dos gestores.

“Às vezes, em meio às tarefas, alguns alertas dos andons passavam despercebi­dos, e os problemas demoravam para ser resolvidos. Queríamos fazer algo que desse mais destaque a essas notificaçõ­es, tornando o processo mais eficiente”, diz Victor Cavalcanti, diretor-executivo da Interakt.

Ele afirma que os preços do serviço variam de acordo com o tamanho da obra e a quantidade de andons wireless que serão usados. Para a construção de um prédio de 20 andares, por exemplo, cada dispositiv­o custou R$ 249,90, e a plataforma de gestão foi de R$ 149,90 ao mês.

O produto acabou de sair da fase de testes e pode ser enviado por correio para qualquer região do Brasil. Para instalar o aparelho, basta ligá-lo à tomada.

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