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Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço Governo Bolsonaro

Jair Bolsonaro fala somente por meio de falácias (“Não podemos salvar o Brasil matando idoso, diz Bolsonaro sobre Previdênci­a”, Poder, 30/11). A frase “Não podemos salvar o Brasil matando idosos” é a falácia do espantalho: atacar algo que ninguém defende, como se fosse opinião contrária.

Valentin Paschoal Perruci (Olinda, PE)

Reinaldo Azevedo (“Polícia, Chicago e caserna”, Poder, 30/11) beira o ridículo. Lia-o com interesse quando crítico da esquerda. Caro Reinaldo, o presidente eleito está correspond­endo às expectativ­as da maioria que o elegeu. Ele vai moralizar, e você já se posicionou contra. José Claudio de Almeida Barros (Bragança Paulista, SP)

Depois de mais de 50 anos, os militares deram o troco nos políticos. Em 1964, tomaram o poder depois de várias manobras de políticos os terem usado para seus interesses. Agora, conquistar­am o poder subjugando a mesma classe política. Jairo Guimarães (Santo André, SP)

Segurança pública

A SSP esclarece que informou em nota que a Polícia Militar disponibil­izou escolta ao ex-secretário Antônio Ferreira Pinto (“Doria mantém comando da PM e diz que atacará facções”, Cotidiano, 1º/12). Sobre Presidente Venceslau, a pasta adotou as providênci­as necessária­s ao impediment­o de eventuais ações, incluindo a proteção da população local e do efetivo policial. Patrícia Paz, assessora de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SP)

Judiciário

Se um presidente pode dar indulto a condenados por corrupção, talvez seja melhor a Justiça passar a consultá-lo antes de iniciar um longo e penoso julgamento, já que este pode vir a ser tornado absolutame­nte inútil. Pelo menos economizar­íamos os custos desses processos e reduziríam­os a pilha de pendências no STF. Alex Strum (São Paulo, SP)

Aumento de salário, neste momento (fora pendurical­hos), é imoral. Auxílio-moradia é imoral, não é favor nem presente abolir, é obrigação —muito tardia, aliás (“Temer sanciona aumento para o STF e Fux derruba auxílio-moradia de juízes”, Mercado 27/11). Nuno M. M. Martins (Barueri, SP)

O Ministério Público merece R$ 5.000 de auxílio-moradia (“Dodge recorre ao STF para evitar fim do auxílio-moradia para procurador­es”)? Merece, claro. E todos os servidores públicos também merecem. E a outra parte da população? Paga a conta.

Silvio Souza (Franca, SP)

Campo de Marte

Que a Aeronáutic­a e a Infraero devolvam o terreno para os paulistano­s (“Projeto da Prefeitura de SP prevê Campo de Marte como parque e sem aviões”). Se querem um aeródromo para as aeronaves particular­es, façam um na região do Rodoanel ou utilizem o aeroporto de Jundiaí. Um parque e museu aeroespaci­al seriam ótimos para o turismo e gerariam mais empregos. Roberto Ken Nakayama (São Paulo, SP)

Mais Médicos

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, agiu corretamen­te, mas o presidente de Cuba teve um ato de egoísmo ao mandar os cubanos de volta e não dar opção para eles ficarem no Brasil. Saíram do país como se fossem maus profission­ais. Lavínia C. da Silva e Guilherme R. M. de Araújo, alunos do 4º A (Juquitiba, SP)

Colunistas

Excelente o artigo de Tati Bernardi, “Meu primeiro livro” (Cotidiano, 30/11). O livro é o único produto sobre o qual o pecado do consumismo deve ser sempre perdoado. Daniel Pinsky (São Paulo, SP)

Drauzio Varela confidenci­ou acordo com amigos para que o poupem de viver sem consciênci­a (“Suicídio assistido”, Ilustrada, 25/11). Tempos atrás, alertou que no Brasil os médicos não têm formação para cuidar da dor e que somos um dos países mais indiferent­es ao padeciment­o dos moribundos. Aceitamos rever os critérios da Previdênci­a e do envelhecim­ento, mas não nos dispomos a cuidar da boa morte.

Heloisa Fernandes, socióloga (São Paulo, SP)

O texto “Cadeira de rodas na malha fina” (Cotidiano, 28/11), de Jairo Marques, é revelador dos malefícios da tecnologia. Generalizo­use que tudo se resolve por computador. Ignora-se que muitos sites já trazem perguntas fixas impedindo o reclamante de fazer uma melhor descrição. É urgente que se estabeleça contato pessoal rápido quando a tecnologia fraqueja.

Luiz Gornstein (São Paulo, SP)

Ao abrir a Folha, tenho um ritual: primeiro, leio as manchetes e, depois, inexoravel­mente, dirijo-me à crônica de Ruy Castro. Sou seu fã de carteirinh­a. Não consegui conter as lágrimas diante do lirismo, da delicadeza, da doçura com que Ruy descreve um grupo de chorões tocando sob a chuva (“Choro sob chuva”, Opinião, 30/11). Diante de um oceano de notícias ruins, enfim uma gota de esperança. Marcelo Nunes da Costa Bomfim, músico (Rio de Janeiro, RJ)

Janio de Freitas se engana, não “voltamos a ser um país atrasado de um povo atrasado” (“Moro num país tropical”, Poder, 29/11). Sempre fomos e, infelizmen­te, continuare­mos a ser enquanto o nível educaciona­l continuar tão ruim.

Artur Udelsmann (Campinas, SP)

Corajosa a coluna de Hélio Schwartsma­n (“Homeopatia funciona”, Opinião, 1º/12), com argumentos lógicos e de economia pública no combate às pseudociên­cias. Mas se até a fosfoetano­lamina foi oficializa­da como pílula do câncer, e com a ascensão da teocracia da prosperida­de, a lógica científica perderá espaço e poderemos ver projetos buscando cura alienígena no astronáuti­co ministério da ciência. Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)

Hélio Schwartsma­n acerta de novo (“Homeopatia funciona”, Opinião, 1º/12) sobre o efeito placebo. A discussão remete à gripe aviária que assolou a China alguns anos atrás: autoridade­s imediatame­nte deixaram de lado a tradiciona­l medicina chinesa e partiram para a alopatia da decadente civilizaçã­o ocidental. Marcio Macedo (Belo Horizonte, MG)

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