Palmeiras ergue a taça
Presidente eleito assiste à vitória do time campeão em despedida do Brasileiro
Time paulista, que entrou no Allianz Parque já campeão do Campeonato Brasileiro, venceu o Vitória por 3 a 2. A equipe recebeu o troféu das mãos de Jair Bolsonaro, saudado no estádio aos gritos de “mito”.
Em uma tarde de muita festa no Allianz Parque, já que o título brasileiro estava garantido com uma rodada de antecedência, o Palmeiras entrou em camp opara cumprir tabela, levantara taça de campeão e dara volta olímpica diante da sua torcida.
O time alviverde levou um susto, mas bateu o já rebaixado Vitória por 3 a 2, com gols de Edu Dracena, Gustavo Scarpa e Bruno Henrique.
O Campeonato Brasileiro chegou ao fim com uma campanha histórica do Palmeiras. Com 80 pontos, foram 23 vitórias, 11 empates e 4 derrotas.
Além disso, o time comandado por Luiz Felipe Scolari alcançou a marca de 23 jogos deinvenc ibi lida de.Éa primeira vez que uma equipe fecha o segundo turno do Nacional de pontos corridos sem perder.
No ano passado, o Corinthians ficou 19 jogos invictos no primeiro turno da competição e somou 47 pontos, mesma marca alcançada pelo Palmeiras no returno deste ano.
A equipe alviverde garantiu o melhor ataque do campeonato (64 gols marcados), a melhor defesa (26 sofridos), além de ser o que mais venceu.
Com recorde de público na arena, os 41.256 torcedores fizeram uma enorme festa. Um dos convidados para ela foi o presidente eleito da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Ele viveu uma tarde de ídolo neste domingo (2). Responsável por entregara taça de campeão ao capitão do time, Bruno Henrique, foi ovacionado por boa parte da torcida alviverde. Também houve vaias.
Depois, Bolsonaro deu a volta olímpica com atletas ao redor do gramado do Allianz. No trajeto,voltou a ser aplaudido por torcedores, principalmente depois de se enrolar em uma bandeira do clube.
Em determinado momento, os palmeirenses puxaram o grito de “mito” para ovacio- ná-lo. Depois, xingaram o expresidente Lula (PT), torcedor do rival Corinthians.
Jair Bolsonaro também foi tietado pelos jogadores, que o abraçaram no palco onde receberam as medalhas. Principalmente o técnico Luiz Felipe Scolari, que já havia prestado continência no vestiário, e Felipe Melo, que repetiu o gesto durante a premiação.
O goleiro Jailson foi outro que o tratou como ídolo. Durante a volta olímpica, o levou às arquibancadas para cumprimentas torcedores e posou para fotos com o político.
Bolsonaro permaneceu dentro do campo com o time por 30 minutos. Ele ainda recebeu dos atletas o troféu e o ergueu para a torcida, rodeado por um batalhão de seguranças.
O presidente eleito assistiu ao jogo em um camarote no Allianz Parque. Ao seu lado estiveram os principais nomes da CBF, como o atual presidente da entidade, coronel Antô- nio Nunes, e o futuro, Rogério Caboclo. A patrocinadora do clube, Leila Pereira, da Crefisa, também posou para fotos com Bolsonaro.
A imagem dele como flamenguista rendeu um outro cartaz. “Bolsonaro oportunista”, dizia o panfleto.
Já um vendedor ambulante que trabalha nas cercanias do estádio apostou que a soma da alegria dos palmeirenses com o time à popularidade de um presidente eleito com mais de 57 milhões de votos rendesse boas vendas.
Ele enquadrou fotos do Palmeiras e de Bolsonaro com a camisa do clube. “Custa R$ 15 o quadrinho. É baratinho. As do Bolsonaro eu não vendi muito não, mas a do time campeão está saindo bem”, disse.
Apesar de Bolsonaro já ter posado para fotos com camisas de vários times brasileiros, ele afirma que é palmeirense desde a infância.
Quanto à preferência clubística de seu pai, Geraldo, não existem dúvidas. Ele batizou o filho com o nome do camisa 10 palmeirense da década de 50, Jair Rosa Pinto.