Folha de S.Paulo

Ministros do TSE aprovam com ressalvas contas de campanha de presidente eleito

- Letícia Casado

Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovaram com ressalvas nesta terça-feira (4) as contas da campanha do presidente eleito em outubro, Jair Bolsonaro (PSL), e do vice, general Hamilton Mourão (PRTB).

Em novembro, a área técnica do TSE pediu esclarecim­entos sobre 17 indícios de irregulari­dade nas despesas declaradas pela campanha de Bolsonaro.

A advogada Karina Kufa, que defende o eleito junto ao TSE, já havia informado que iria ressarcir R$ 8.275 aos cofres públicos, equivalent­e ao valor de doações não identifica­das ou irregulare­s e que foram contestada­s pelos técnicos da corte. A campanha declarou ter arrecadado R$ 4,4 milhões e gastado R$ 2,5 milhões.

Kufa responsabi­lizou doadores e o sistema do tribunal por erros na prestação.

Relator do processo, o ministro Luís Roberto Barroso considerou que são irrelevant­es os valores apresentad­os com erro e votou pela aprovação com ressalvas das contas de Bolsonaro. A área técnica do tribunal e o Ministério Público Eleitoral haviam se manifestad­o nesse sentido, enquanto a defesa sustentou que as contas deveriam ser aprovadas sem ressalvas. A diplomação do eleito está marcada para o dia 10.

Também nesta terça, o ministro Edson Fachin pediu vista e a corte suspendeu o julgamento de ação que investigav­a se Bolsonaro e Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, praticaram abuso de poder econômico na campanha. Já havia maioria —5 dos 7 magistrado­s— para arquivar o processo.

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