Folha de S.Paulo

Cidadão não será manipulado por informaçõe­s imprecisas

Prefeitura atua com rigor em viaduto que cedeu

- Vitor Aly Engenheiro e secretário municipal de Infraestru­tura Urbana e Obras de São Paulo

O paulistano é, antes de tudo, um forte e um cidadão ligado nos fatos, a ponto de não se deixar levar por informaçõe­s distorcida­s e imprecisas de quem tenta manipulá-lo.

No que diz respeito ao lamentável episódio do viaduto que cedeu dois metros na marginal Pinheiros, por exemplo, o paulistano sabe que a Prefeitura está agindo com rigor e rapidez, desde o primeiro instante. Isso para minimizar ao máximo os efeitos no trânsito e garantir segurança tanto aos usuários da linha de trem que passa no local quanto aos operários que estão trabalhand­o para recuperar o equipament­o público.

Como foi fartamente noticiado, esse viaduto foi construído em 1978 pelo governo do Estado, daí o motivo pelo qual a Prefeitura não tinha em seus arquivos o projeto. Mas isso não atrapalhou em nada o que tinha que ser feito.

Desde o primeiro instante, a Prefeitura assumiu a sua responsabi­lidade e arregaçou as mangas para resolver o problema: em tempo recorde, foi feito inicialmen­te um escorament­o de 120 metros para proteger o viaduto e, em seguida, escavadas 10 estacas para que a estrutura pudesse ser erguida com macacos hidráulico­s.

Com as estacas instaladas num prazo menor do que o estimado, o viaduto pôde ser erguido com sucesso, no último fim de semana, numa complexa operação de engenharia que utilizou 100% de tecnologia nacional.

Numa segunda etapa, os técnicos utilizarão agora um aparelho que será passado na estrutura do viaduto para identifica­r a quantidade, diâmetro, estado de conservaçã­o e a localizaçã­o dos cabos de aço dentro das vigas. As imagens servirão para confirmar a posição de algumas armaduras para orientar a retroanáli­se do projeto de recuperaçã­o. Isso tudo permitirá o diagnóstic­o para uma obra segura que devolva no menor tempo possível o equipament­o à cidade.

Paralelame­nte aos trabalhos no viaduto, uma série de ações dos técnicos da engenharia de tráfego foi pensada para reduzir o impacto do fechamento daquela via na vida do paulistano. Intervençõ­es foram feitas para facilitar o acesso entre as pistas da marginal.

Com isso, dos 20 quilômetro­s inicialmen­te bloqueados, restaram cinco nas imediações do viaduto, que permanecem fechados.

Em outra ponta de atuação, a gestão municipal, por determinaç­ão expressa do prefeito Bruno Covas, vai realizar um trabalho emergencia­l de vistoria técnica em 185 pontes e viadutos da cidade e realizar as obras necessária­s de manutenção a partir desse diagnóstic­o.

A contrataçã­o emergencia­l das empresas que farão essas vistorias foi possível a partir de uma autorizaçã­o do Tribunal de Contas do Município (TCM), e nos próximos dias será publicado no Diário Oficial da Cidade um chamamento para credenciam­ento das empresas.

Em oito meses de governo, essa gestão municipal já demonstrou ao paulistano que o estilo do prefeito Bruno Covas não é o de se recolher nas crises.

Já em seu discurso de posse, ele deixou claro que não perderia tempo para realizar aquilo que a cidade exige. “É preciso mobilizar recursos, arregiment­ar competênci­as, sacudir crenças, varrer disparates burocrátic­os, focar em práticas que traduzem a vontade política em tijolos de solidaried­ade”, disse. E suas ações mostram que não era apenas retórica.

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