Comissão processa Itaú, Itaucard e executivos por irregularidade financeira
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu processo contra o Itaú, a operadora de cartão de crédito Itaucard e dois executivos do grupo por irregularidades em operações no mercado financeiro. Eles são acusados de criar condições artificiais em negociações de títulos cambiais.
As duas empresas e os diretores da tesouraria do Itaú, Marco Antônio Sudano, e do Itaú BBA, Carlos Henrique Donega Aidar, propuseram acordo com o órgão para encerrar o processo, por meio de um instrumento chamado de termo de compromisso.
Segundo dados disponíveis no site da CVM, os processados teriam infringido regra que veda administradores de companhias abertas de criar condições artificiais, manipular preços, realizar operações fraudulentas ou em condições não equitativas.
De acordo com o jornal O Globo, as transações investigadas pela CVM ocorreram entre dezembro de 2014 e abril de 2015. O Itaú Unibanco teria se desfeito de grande volume de derivativos cambiais para se adequar a norma contábil.
A Itaucard teria comprado todos os papéis e revendido de volta ao Itaú poucos dias depois. A área técnica da CVM vê “evidente combinação” nas operações intragrupo, segundo O Globo.
O valor das operações está protegido por sigilo bancário.
O Itaú Unibanco diz entender que as operações realizadas não têm nenhuma irregularidade e que foram efetuadas de “forma transparente, em mercado regulado seguindo absolutamente todos os parâmetros, regras e procedimentos usuais de mercado”.
O banco afirma também que as operações não trouxeram prejuízos a clientes ou a terceiros.