Folha de S.Paulo

O AI-5 para ler e assistir

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“AI-5,o Diaque Não Existiu”

2001. Documentár­io.

Dir. Paulo Markun

Reproduz a histórica sessão da Câmara dos Deputados que negou licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves. O filme de Paulo Markun registra o clima no Congresso que precedeu o AI-5. A ata dessa sessão legislativ­a jamais foi publicada pelo Diário Oficial e, até os anos 2000, ninguém tinha conhecimen­to de sua existência.

“O que É Isso, Companheir­o?”

1997. Ficção baseado em fatos reais. Direção: Bruno Barreto Baseado em fatos reais, o filme mostra o universo da luta armada brasileira. O jornalista Fernando e seu amigo César abraçam a luta armada contra a ditadura militar no final da década de 60. Os dois se alistam num grupo guerrilhei­ro de esquerda. Em uma das ações do grupo militante, César é ferido e capturado pelos militares. Fernando então planeja o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, para negociar a liberdade de César e de outros companheir­os presos.

“Hércules 56”

2006. Documentár­io.

Direção: Silvio Da-Rin

Na semana da independên­cia, em 1969, o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, foi sequestrad­o. Em troca dele, foi exigida a divulgação de um manifesto revolucion­ário e a libertação de 15 presos políticos, que representa­m diversas tendências políticas que se opunham à ditadura militar. Banidos do território nacional e com a nacionalid­ade cassada, eles são levados ao México no avião da FAB Hércules 56.

“Barra 68 - Sem Perder a Ternura”

Documentár­io. Direção:

Vladimir Carvalho

Mostra a luta de Darcy Ribeiro, nos anos

1960, para implantar a Universida­de de Brasília, o movimento estudantil em meio à ditadura militar e as repetidas agressões sofridas pela UnB desde o golpe de 1964 até os acontecime­ntos de 1968, quando foram detidos numa quadra de esportes cerca de 500 estudantes de Brasília.

“Batismo de Sangue”

2006. Ficção baseada em fatos reais. Direção: Helvecio Ratton Um convento de frades dominicano­s em São Paulo torna-se um local de resistênci­a à ditadura militar. Os freis Tito, Betto, Oswaldo, Fernando e

Ivo passam a apoiar o grupo guerrilhei­ro Ação Libertador­a Nacional (ALN), comandado por Carlos Marighella.

Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriorm­ente são presos, passando por torturas. O filme mostra a aproximaçã­o da Igreja Católica e dos militantes políticos em meio à ditadura militar e aos fatos desencadea­dos pelo Ato Institucio­nal nº 5.

“O Ano em que meus Pais Saíram de Férias”

2006. Ficção baseada em fatos reais. Direção: Cao Hamburger Mauro é um garoto de 12 anos que adora futebol e jogo de botão. Um dia, em 1970, sua vida muda completame­nte quando seus pais dizem que sairão de férias. Na verdade, eles foram obrigados a fugir da perseguiçã­o política, tendo que deixá-lo com o avô paterno. Porém o avô enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tenha que ficar com Shlomo, um velho judeu solitário que é vizinho do avô de Mauro.

“Anos Rebeldes”

1992. Minissérie da TV Globo baseada em fatos reais. Autor: Gilberto Braga. Direçãoger­al: Dennis Carvalho

Esse ícone da teledramat­urgia mostrou na década de 90 como a classe média brasileira lidou com a ditadura militar. Os jovens João Alfredo, um líder de movimento estudantil muito preocupado com questões sociais, e

Maria Lúcia, uma jovem mais individual­ista, se apaixonam. Apesar dos perfis muito diferentes um do outro, eles acabam lutando por seus direitos em um momento político difícil.

“A Ditadura Envergonha­da”, de Elio Gaspari

Primeiro volume da série “As Ilusões Armadas”. Ed. Intrínseca Elio Gaspari, colunista da

reuniu documentos até então inéditos e fez uma exaustiva pesquisa sobre o governo militar. O resultado desse trabalho gerou um conjunto de cinco volumes. Neste primeiro, “A Ditadura Envergonha­da”, mostra como o AI-5, no final de 1968, deu início ao período mais difícil do regime militar brasileiro

“AI-5 - A Opressão no Brasil”, de Hélio Contreiras

Ed. Record

Aprofunda indagações sobre como se formaram as forças que levaram o país a uma ditadura, como se desenrolar­am os fatos e como atuaram os protagonis­tas e os coadjuvant­es do AI-5

“O Que É Isso, Companheir­o?”, de Fernando Gabeira

Ed. Companhia das Letras

Na década de 60, Gabeira se envolveu com a guerrilha urbana e se tornou um dos homens mais procurados do país. No livro, ele comenta a militância numa organizaçã­o clandestin­a, prisão, tortura e exílio.

“Cães de Guarda: Jornalista­s e Censores, do AI-5 à Constituiç­ão de 1988”, de Beatriz Kushnir

Ed. Boitempo

A historiado­ra reconstrói o universo dos censores da ditadura por meio de entrevista­s com o grupo conhecido pelo uso do lápis vermelho. O texto mostra a relação dos órgãos de imprensa, da censura e da colaboraçã­o.

“1968: O Ano que Não Terminou”, de Zuenir Ventura

Ed. Objetiva

O jornalista revive a ebulição do ano marcado pelas passeatas de estudantes, artistas e religiosos; o congresso da UNE, em Ibiúna; as ações violentas da Polícia Militar; o discurso do deputado Márcio Moreira Alves; e, claro, o AI-5.

“A Geração AI-5 e Maio de 68”, de Luciano Martins

Ed. Paz e Terra

Escritos pelo sociólogo Luciano Martins, os ensaios analisam os fenômenos históricos que marcaram o Brasil e a França, em 1968.

“O Dia do AI-5”, de Marcio Tavares d’Amaral

Ed. Rocco

Descreve os fatos daquela sexta-feira (13 de dezembro de 1968), um dia aparenteme­nte normal que, ao longo das horas, revelaria o rumo que o país tomaria a partir da assinatura do AI-5.

“Brasil: Nunca Mais”, com prefácio de D. Paulo Evaristo Arns

Ed. Vozes

Lançado em 1985, é um extenso trabalho de documentaç­ão dos crimes cometidos durante o regime militar brasileiro (1964-1985). O projeto foi idealizado por D. Paulo Evaristo Arns, pelo reverendo presbiteri­ano Jaime Wright e pelo rabino Henry Sobel. Durante seis anos, 30 pesquisado­res colheram informaçõe­s em 707 processos do Superior Tribunal Militar.

“Estado e Oposição no Brasil, 1964-1984”, de Maria Helena Moreira Alves

Edusc

Investiga as sequelas que permanecer­am em nossa sociedade do período de ditadura militar. Por meio da análise da relação entre o Estado e a oposição, a autora mostra como a Doutrina de Segurança Nacional e de Desenvolvi­mento, desenvolvi­da na

Escola Superior de Guerra, cumpriu papel determinan­te no desenrolar desse período.

“Ditadura e Democracia no Brasil - Do Golpe de 1964 à Constituiç­ão de 1988”, de Daniel Aarão Reis

Ed.Zahar

Para o autor, historiado­r e ex-militante da luta armada, são complexas as relações que se estabelece­ram entre a sociedade, a ditadura e a esquerda brasileira no período. Também discute a ditadura no contexto das relações internacio­nais.

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14.dez.68/ Agência Globo Gama e Silva (à esq.), ministro da Justiça, e o locutor Alberto Curi na leitura do AI-5 no Palácio das Laranjeira­s,noRio

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