Folha de S.Paulo

Secretaria de Comunicaçã­o será chefiada por assessor que edita vídeos para filho de eleito

- TF

O futuro ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, afirmou nesta segunda (10) que a Secom (Secretaria de Comunicaçã­o Social) sairá da estrutura dele e passará para a gestão da Secretaria de Governo, que será chefiada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Segundo Bebianno, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, decidiu indicar Floriano Barbosa para o cargo de chefe da Secom. Barbosa é assessor do gabinete de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente eleito.

De acordo com o futuro ministro, Barbosa foi escolhido

O QUEÉ A SECOM A Secretaria de Comunicaçã­o trata de contratos do governo na área de publicidad­e oficial

por ser publicitár­io e ter experiênci­a com comunicaçã­o. Ele auxilia Eduardo na edição de vídeos para redes sociais.

Inicialmen­te, os planos eram de que a Secom ficasse subordinad­a à Secretaria-Geral, e fosse comandada pelo general Floriano Peixoto. Bebianno disse que Peixoto atuou apenas de forma preliminar na pasta, fazendo um “pentefino” nos contratos de comunicaçã­o. O militar será secretário-executivo de sua pasta.

Com as mudanças, Bolsonaro esvaziou a estrutura atual da Secretaria-Geral, que tem vinculadas à ela a Secom e o Programa de Parcerias de Investimen­tos. Os dois órgãos passarão para a gestão de Santos Cruz, escolhido pelo eleito para comandar a Secretaria de Governo. Santos Cruz também atuará na articulaçã­o política, função que vai compartilh­ar com o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Segundo Bebianno, Bolsonaro ainda vai escolher um assessor especial, que atuará como porta-voz de seu governo.

O presidente eleito chegou a dizer que escolheria um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), para comandar a Secom, mas após críticas de nepotismo desistiu da indicação.

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