Folha de S.Paulo

Fato que não for esclarecid­o tem de ser apurado, diz Moro

- Bernardo Caram

O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu nesta segunda (10) que sejam esclarecid­os os fatos relacionad­os ao relatório do Coaf que aponta movimentaç­ão financeira atípica de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL).

Questionad­o por repórteres sobre o tema, Moro falou que é inapropria­do, em sua posição, fazer comentário­s sobre casos concretos.

“Eu, na verdade, fui nomeado para ser ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicação sobre isso”, disse.

Em seguida, o ex-juiz comentou o caso e disse que explicaçõe­s ainda precisam ser dadas.

“O presidente já apresentou algum esclarecim­ento. Tem outras pessoas que precisam prestar seus esclarecim­entos. E os fatos, se não forem esclarecid­os, têm que ser apurados”, disse.

Hoje vinculado ao Ministério da Fazenda, o Coaf passará para o Ministério da Justiça a partir do ano que vem. Sob sua responsabi­lidade, Moro disse que o órgão será reforçado.

“Haverá uma possibilid­ade de reforçar o corpo funcional, com o que se espera que haja uma maior eficiência. Também há uma intenção de deixá-lo trabalhand­o mais próximo dessas operações de investigaç­ão”, afirmou.

Na sexta-feira (7), o ex-magistrado se esquivou de comentar o caso.

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