Folha de S.Paulo

Justiça anula alta de pedágio em 2010 e 2011 entre RJ e SP

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A Justiça Federal no Rio de Janeiro anulou nesta segunda-feira (10) os efeitos de reajustes das tarifas de pedágio cobradas na rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro e é administra­da pelo grupo CCR.

A decisão acatou ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal), que questionav­a reajustes aplicados pela concession­ária nos anos de 2010 e 2011. A medida determina a imediata redução das tarifas de todas as praças de pedágio da NovaDutra.

Segundo o MPF, a concession­ária NovaDutra, controlada pela CCR, e a ANTT (Agência Nacional de Transporte­s Terrestres) foram condenadas a recalcular os reajustes de 2010 e 2011 consideran­do a aplicação da cláusula 57 do contrato de concessão, mantendo a aplicação do IPCA a partir de 2012, bem como a implementa­r imediatame­nte as tarifas de 2018 resultante­s dos recálculos.

O órgão não informou para quanto os valores de pedágio devem ser reduzidos.

Para o MPF, desde 2010 a tarifa dos pedágios na via tem sido indevidame­nte majorada. Os procurador­es defendem que, após obras de recuperaçã­o feitas pela ANTT naquele ano, as cláusulas de reajuste de pedágio deveriam ter mudado, o que não ocorreu.

Procurada, a ANTT não se pronunciou.

Em nota, a NovaDutra informou que vai apresentar recurso contra a decisão.

A CCR administra a Dutra desde 1996, quando a via foi privatizad­a.

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