O diretor da primeira transmissão em cores da TV
No começo dos anos 1970, o governo de Emílio Garrastazu Médici queria instalar a TV a cores no Brasil de todo o jeito. Mas as emissoras grandes do país resistiam.
No dia 19 de fevereiro de 1972, o governo militar conseguiu o que queria e levou ao ar, ao vivo e a cores, para todo o Brasil, o desfile da Festa da Uva, em Caxias do Sul.
Sérgio Luiz Puggina Reis foi chamado para ser o diretor. “Foi fantástico, eu sabia que estava vivendo um momento histórico”, contou ele anos depois.
A história de Reis com a comunicação começou aos nove anos, atuando em radionovelas. Conforme foi crescendo, trocando de voz, mudou os papéis, mas não ficou longe dos microfones.
Nos anos 1960, quando Assis Chateaubriand quis levar a TV ao Rio Grande do Sul, colocou Reis na TV Tupi, no Rio de Janeiro, para aprender tudo o que precisava. Na volta ao RS, ele virou um dos encarregados da TV Gaúcha.
Reis viveu de perto os anos de censura do regime militar, morou nos Estados Unidos para comprar programas, transmitiu ao vivo o primeiro transplante de órgãos realizado no RS, viu o rádio se renovar com ouvintes participando por telefone e a internet mexer com tudo que sabia.
Com a segunda mulher, Vera, que ele conheceu na TV Rio, foi dono de duas emissoras de rádio. Ela virou a mãe de duas filhas, que se juntaram aos outros quatro do primeiro casamento de Reis. Os dois foram casados por 33 anos.
Depois de aposentado, ele foi dar aulas de jornalismo. “Ele adorava dar aula, porque contava histórias. Muitas coisas que ele ensinava, eram ilustradas com passagens da vida dele”, diz Vera.
No dia 5 de dezembro, Sérgio Reis morreu por uma infecção generalizada, aos 80 anos. Deixou Vera, cinco filhos, e sete netos.
7º DIA
HELENA GOMES BARBOSA
Nesta terça (11) às 19h, Igreja Santa Cecília, largo de Santa. Cecília, s/nº, Santa Cecília 1 ANO
PAULO GUILHERME FRANCO MONTORO Nesta quinta (13) às 17h, Igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jardim Europa
MATZEIVA
SHMOUEL KAISER Nesta quarta (12) às 11h, Cemitério Israelita do Butantã, set. R, q. 399, sep. 81