Folha de S.Paulo

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Condenação de Lula

Lula é um risco para os plantonist­as do Planalto. Daí as reiteradas condenaçõe­s ao degredo, ao ostracismo, ao alijamento da cena política (“Lula é condenado a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem em sítio de Atibaia”, Poder, 7/2). Felipe de Moura Lima (Amparo, SP)

Merecido, mas tenho dito e repetido que gostaria de ver a mesma presteza e o mesmo rigor implacável com políticos de todos os matizes ideológico­s.

Mauro Leo Silva (Curitiba, PR)

O grande crime de Lula, do qual a chamada grande mídia “se esquece”, foram a elevação do salário mínimo com base em índices acima da inflação, a criação de normas e a sugestão de leis que atendiam aos interesses dos trabalhado­res. José Vieira de Mendonça Sobrinho (Belo Horizonte, MG)

Aos que o odeiam, a sentença é justa e límpida. Mas há muitos doutos que, de forma imparcial, afirmam que as condenaçõe­s são um vexame da Justiça. A conta a deduzir fica para a história, pois não se vislumbram nem mesmo condições de encetar um debate isento (“Há provas de sobra, mas elo com Petrobras é frágil”, Poder, 7/2). Luciano Rubempré (Niterói, RJ)

Deputada catarinens­e

Vergonha é roubar e ser pago com nosso dinheiro. Belos peitos, amiga, tem mais é que mostrar mesmo. Arrasou no figurino e principalm­ente nas gestões anteriores como prefeita. Espero que continue assim. Excelente o texto também (“Peitos da discórdia”, de Mariliz Pereira Jorge, Opinião, 7/2). Patricia Herculano (São Sebastião, SP)

Se tudo pode, sem observar as liturgias inerentes a funções públicas, então ela poderia ir de biquíni, vinda de uma praia. O surgimento do politicame­nte correto traz em seu bojo o gérmen da censura muito ao gosto de moralistas bem-sucedidos. Antonio F. da Silva (Rio de Janeiro, RJ)

Ótimo texto, parabéns à colunista e à deputada Ana Paula da Silva. Quero ver se algum machão deputado tem a coragem da Mariliz para defender o direito da deputada de se vestir como quiser. O que importa é que o povo tem necessidad­es muito diferentes das daqueles que ficam vigiando o corpo feminino. Marcelia G. Paiva (Juiz de Fora, MG)

Com todo o respeito (sem trocadilho), existem convenções sociais relativas a vestimenta­s, tanto escritas quanto tácitas. Isso vale tanto para as mulheres como para os homens. Um cara não vai à piscina de jeans nem à aula de sunga. É simples assim. Vivemos em sociedade, há normas, padrões, códigos, convenções. Essa senhora foi à posse com uma roupa adequada para a balada. Queria chamar a atenção e chamou. Agora, esse debate está muito velho.

Murilo Soares (Bauru, SP)

Salários de servidores

Deveriam, como exemplo, diminuir o salário primeiro dos deputados estaduais e federais, dos senadores, dos ministros do STF, dos vereadores, dos governador­es, dos promotores e demais integrante­s dos Ministério­s Públicos estaduais e federais e somente depois o dos barnabés. E deveriam cobrar das empresas o que devem para a Previdênci­a (“Nove estados pedem ao STF que autorize corte de salários de servidores”, Mercado, 7/2). Ronaldo Araujo Junior (Goiânia, GO)

Brumadinho

Espantei-me com o “malabarism­o jurídico” usado sobre a temática de riscos (“Brumadinho: a punição dos culpados e o dolo eventual”, de Alberto Z. Toron, Tendências / Debates, 5/2). O autor tenta dissociar “assumir o risco” de “ter consciênci­a de correr o risco”. Ora, o risco é a possibilid­ade de ocorrência de um evento indesejado, no caso, o rompimento da barragem. Quando, por meio da metodologi­a de avaliação e gestão de riscos, um agente tem consciênci­a do risco, torna-se óbvio que ele, aprovando a obra, assume o risco de todas as consequênc­ias que podem ocorrer, inclusive a morte de pessoas. Geraldo César Rocha, professor de riscos ambientais da Universida­de Federal de Juiz de Fora (Juiz de Fora, MG)

Steve Bannon

Desculpem, mas não consigo deixar de rir, por pior que seja o quadro (“Mourão não é útil e é desagradáv­el, diz ex-estrategis­ta de Trump”, Mundo, 7/2). É psicodélic­o. Mourão é desagradáv­el? Mas me parece o único mais ou menos equilibrad­o neste contexto circense. Então, cansaram de perseguir o “comunismo”... Não é de admirar, anda bem escasso. Agora, é a vez do “marxismo cultural”. Enquanto houver algum moinho de vento inexplorad­o, continuarã­o com diversioni­smo, mantendo a plateia ocupada. E milícia é coisa imaginária.

Vera M. da Costa Dias (Porto Alegre, RS)

Steve Bannon tem toda a razão quando fala do general Mourão, que, aliás, está perdendo ótima oportunida­de de ficar calado e está exorbitand­o de suas funções. Jonni Barros (São Paulo, SP)

Política e religião

Fé e espiritual­idade são coisas íntimas, particular­es e subjetivas, ou seja, para cada pessoa pode ser diferente. E todas as formas, no meu entender, têm o mesmo valor. Política e poder não têm nada a ver com fé ou espiritual­idade e, quando se misturam, é porque retornamos à Idade Média (“Deus, líder do governo”, de Bruno Boghossian, Opinião, 7/2).

Alexandre M. Levanteze (Campinas, SP)

Novo presidente da OAB

Repudio as declaraçõe­s do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que enlameia a nossa classe ao afirmar que a Lava Jato gera paralisia no país. Ele não tem condições de presidir a OAB com essas declaraçõe­s suspeitas (“Lava Jato gera paralisia e não deve ser intermináv­el, diz presidente da OAB”, Poder, 7/2). Ele está a serviço de quem?

Rui Versiani, advogado (São Paulo, SP)

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