Grupo de latino-americanos e europeus tenta evitar intervenção
A primeira reunião do Grupo de Contato sobre a Venezuela, criado por europeus como Alemanha e França e latinoamericanos como Uruguai e México, foi precedida por textos esperançosos, no exterior.
O alemão Süddeutsche publicou que “a única esperança para os venezuelanos reside no grupo, que se reúne nesta quinta em Montevidéu e busca uma solução não violenta”.
O New York Times destacou artigo de Jorge Castañeda, afirmando que “o esforço no Uruguai, convocado pela União Europeia, abre a janela para uma resolução pacífica”.
No final do dia, o francês Le Figaro noticiou que “Europeus e latino-americanos pedem eleição presidencial livre”. Mas houve divisões e o México não quis assinar, como destacou o uruguaio El País.
O ex-presidente uruguaio José Mujica, que vem chamando a atenção para os riscos e dando apoio ao grupo, falou agora à CNN em espanhol. Alertou que, “do jeito que as coisas estão, se não se criar uma alternativa, nós provavelmente estaremos diante de uma intervenção militar dos EUA”. guaidó e o petróleo O Wall Street Journal tem priorizado cobrir as articulações entre EUA e o opositor Juan Guaidó. No fim de semana, destacou que ele “esboçou seu plano” econômico, incluindo “abrir o vasto setor de petróleo da Venezuela para investimento privado”. Depois informou que a subsidiária americana da estatal venezuelana de petróleo, Citgo, estudava entrar em recuperação judicial para não ficar na mão de Guaidó. Por fim, noticiou que o senador Marco Rubio, da Flórida, anunciou que “Guaidó vai nomear a nova direção” da empresa. Segundo o WSJ, a petroleira russa Rosneft detém metade das ações da Citgo. trump contra o brasil O NYT informa que o indicado de Trump para presidir o Banco Mundial já criticou a instituição “por devotar parte significativa de seu financiamento para países prósperos, incluindo China e Brasil”. Do Financial Times: “Ele pressionou o banco a cortar empréstimos para Brasil e China”.
bronx vs. queens As análises de NYT, FT e New Yorker para o discurso de Trump sobre o estado da nação enfatizaram que a menção à Venezuela lançou sua campanha para 2020, devido à frase “A América nunca será um país socialista”. Ele quer ligar os democratas ao socialismo venezuelano, aproveitando a ascensão de Alexandria Ocasio-Cortez, 29. Falando a ABC e MSNBC, ela comandou de novo a resposta democrata a Trump, dizendo que ele tenta “confundir o público” para fugir das questões de fundo: “Foi fabuloso porque mostra que nós conseguimos irritá-lo”. Ambos são de Nova York, AOC do Bronx, Trump de Queens.
aoc, não Trump não é o único. Da presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, sobre o “Green New Deal”, o plano ambiental lançado pela jovem deputada: “Ninguém sabe o que é o ‘Green Dream’ ou seja lá como o chamam, mas eles são a favor dele, não é?”.