Juíza retoma ‘doutrina Moro’ em sentença
Delações são necessárias para desvendar os crimes de corrupção
Alguns dos argumentos de Gabriela Hardt para condenar Lula, em sentença expedida na quarta-feira (6), que costumavam ser mencionados pelo ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro
Vínculos com a Petrobras Para Hardt, o histórico de decisões da Justiça na operação comprova o esquema na estatal e que Lula sabia. Com base em depoimentos, diz que o petista foi o responsável pela permanência de diretores que cometeram irregularidades na Petrobras A juíza diz que dificilmente se comprova um crime de corrupção sem testemunhos de quem se envolveu com ele. Moro costumava fazer declarações parecidas para defender a validade de depoimentos de delatores da operação
Não há como rastrear o dinheiro do início ao fim “Dinheiro é fungível” (que se gasta, que se consome após o uso). A expressão está tanto na sentença do tríplex quanto na decisão do caso do sítio. Para a juíza, o rastreamento pedido pela defesa não seria viável
Responsabilidade não correspondida
“A responsabilidade de um presidente da República é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes”, escreveu Moro em sentença em 2017. Gabriela Hardt chega à mesma conclusão no documento desta quarta