Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço Vice-presidente

Steve Bannon tem razão (“Mourão não é útil e é desagradáv­el, diz ex-estrategis­ta de Trump”, Poder, 7/2). Faltou apenas ele adjetivar a suposta linha que o vice Hamilton Mourão é obrigado uma vez e outra a ultrapassa­r. Trata-se da “linha da besteira”. Ainda bem que o faz. Seria muito pior para a imagem do Brasil se ficasse calado.

Ramon Corrêa (Belém, PA)

A direita radical, iletrada e populista, representa­da pelos garotos de Bolsonaro e apadrinhad­a por Olavo de Carvalho, não admite a direita letrada e civilizada fazendo o contrapont­o com o poder hegemônico do grupo bolsonaris­ta, que é o que significa a atuação de Mourão (“‘Sou um cara legal, pô’, diz Mourão sobre crítica de ex-estrategis­ta de Trump”, Mundo, 6/2). Mauro Umberto Alves (Uberaba, MG)

Plano de Moro

A proposta supõe que o temor da punição severa e infalível desencoraj­aria a prática de delitos (“Moro costura apoio para prisão após 2ª instância e criminaliz­ação de caixa 2”, Poder, 5/2). Seria o mesmo que atribuir a uma suposta complacênc­ia e lentidão do sistema penal os atuais índices de criminalid­ade. O pressupost­o é discutível, e o problema, mais complexo. Sem tratar da questão penitenciá­ria, sem propor políticas capazes de impedir prisões de se tornarem universida­des do crime e sem um projeto claro de reabilitaç­ão e reintegraç­ão do preso não me parece possível reverter o quadro. Patricia Porto da Silva (Rio de Janeiro, RJ)

Justiça e as reformas

Cabe ao Judiciário o balizament­o das ações dos demais Poderes e, acima deles, das ilações da própria população, que, na sua preguiça de buscar se informar melhor, adere às teses que parecem atender aos seus interesse particular­es. Parabéns, ministro Ricardo Lewandowsk­i (“Limite às reformas”, Tendências / Debates, 4/2).

Sergio Machado (Itaúna, MG)

Novo presidente da OAB

Lembrei-me do Chacrinha, velho guerreiro, ao ler as declaraçõe­s do novo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz: cheguei para confundir, e não para explicar (“Lava Jato gera paralisia e não deve ser intermináv­el, diz presidente da OAB”, Poder, 7/2).

Otávio de Queiroz (São Paulo, SP)

Consulta a distância

Aos médicos entusiasta­s da telemedici­na, desejo boa sorte nesse novo jogo de adivinhaçã­o. Aos telepacien­tes, desejo mais sorte ainda, que os remédios teleguiado­s acertem o alvo com mínimas mortes civis. E, aos empresário­s da telemedici­na, meus sinceros parabéns pelo arrivismo sem limites (“Distância tem cura”, Editoriais, 7/2).

Otelo Rigato Junior (São Paulo, SP)

Visitas

Há décadas sou assinante desta Folha e o Painel está entre as colunas que não deixo de ler. Incomoda, porém, ver esse saboroso espaço ocupado pelo anúncio dos VIPs que visitam o jornal. Por que o leitor precisa saber disso? Na última sexta (8), quase um quarto do espaço estava ocupado por essa informação, que nada nos diz. Sugiro que todo o Painel seja preenchido com as notas políticas, que são o seu verdadeiro DNA.

Werner Mitteregge­r (São Paulo, SP)

Brumadinho

O problema não foi nas sirenes da Vale (“Sirenes de alerta intactas contrariam versão inicial da Vale em Brumadinho”, Cotidiano, 7/2). O problema foi nas sirenes do Judiciário, do Legislativ­o e do Executivo. As sirenes dos Poderes estão constantem­ente danificada­s. Mas, mesmo que funcionass­em, os ouvidos dos seus membros estão constantem­ente surdos.

Wagner Castro (Rio de Janeiro, RJ)

“O homem chega, já desfaz a natureza/ Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar/ Vai ter barragem no salto do Sobradinho/ E o povo vai-se embora com medo de se afogar.” Essa canção profética de Sá e Guarabyra eu já cantava na escola, nos anos 1980. De lá para cá nada mudou, o povo pobre e trabalhado­r é tragado pela lama e pela ambição desenfread­a de empresas, que nunca se importaram com a natureza e com o ser humano. Dani Lindenbaum (São Paulo, SP)

Deputada catarinens­e

Muitos brasileiro­s são, além de um pouco complexado­s e conservado­res, hipócritas, inclusive mulheres. É difícil acreditar, mas, depois de tantas transforma­ções positivas na sociedade, algumas mentes vazias ainda circulam por aí (“Peitos da discórdia”, de Mariliz Pereira Jorge, Opinião, 7/2).

Clelio Leite Pinto (Florianópo­lis, SC)

Paredões de som

O que tem na cabeça quem faz uma página inteira divulgando (até de jeito simpático) festas com som de 120 decibéis? O que a Folha tem a dizer sobre isso? Só se a reportagem servir para a inteligênc­ia da polícia conseguir flagrar alguma dessas festas. Pessoas com perda auditiva grave são privadas de uma fatia importante da vida. Se ocorre por doença ou idade avançada, é “mão do destino”. Mas procurar isso? Mais um exemplo lamentável dos absurdos cometidos pelos jovens em nome do “pertencime­nto” (“Vai tremer”, Ilustrada, 8/2). Silvia Cunha R. de Vasconcell­os,

bióloga e ambientali­sta (Jundiaí, SP)

Remuneraçã­o do magistério

Educação de qualidade se faz com professore­s qualificad­os, com vontade de ensinar, e com alunos com vontade de aprender. Qualificaç­ão exige tempo, investimen­to, estudo. Assim, bons profission­ais precisam ser recompensa­dos financeira­mente. O resto é só falatório (“O que nos reserva o futuro”, de Arnaldo Niskier, Tendências / Debates, 5/2). Osvaldo Missiato (Pirassunun­ga, SP)

Charge

Jaguar é igual ao pistoleiro do cinema Ringo: não perdoa! Todos estão ao alcance dos seus desenhos “malfeitos”, mas tão perfeitos. Serve de exemplo para os demais chargistas que ocupam o mesmo espaço. O velhinho continua mocinho.

Roberto Antonio Cêra (Piracicaba, SP)

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