‘Coletes’ e violência voltam às ruas da França no 13º sábado de protesto
Manifestantes com coletes amarelos voltaram às ruas da França neste sábado (9), o 13º consecutivo de protestos desde novembro, quando o movimento protestava contra a alta no preço dos combustíveis e, depois, se tornou revolta contra as ações do governo Emmanuel Macron.
Contudo, após medidas do governo, como o aumento do salário mínimo, o movimento tem perdido força.
Segundo o Ministério do Interior da França, 51,4 mil pessoas participaram dos atos neste sábado, sendo 4.000 deles em Paris. Número abaixo do que foi registrado no último dia 2, quando o governo contou 58,6 mil —o movimento falava em 116 mil pessoas.
Em Paris, os ativistas foram do Arco do Triunfo e da Champs-Elysées até a Tor- re Eiffel. Houve confrontos com a polícia, ataque a carros e casa de políticos, destruição de vitrine de lojas e até de veículos da polícia, o que deixou feridos.
Um dos ataques foi contra Richard Ferrand, aliado de Macron e presidente da Assembleia Nacional. Ele teve a sala da casa queimada.
“Nada justifica a violência ou a intimidação contra um representante eleito da República”, disse Macron. A polícia efetuou 36 prisões na capital.
Os ativistas acusam os agentes de terem usado gás lacrimogêneo e balas de borracha contra a multidão, deixando feridos, entre eles um fotógrafo dos “coletes”, que feriu gravemente a mão ao tocar numa granada de dispersão usada pela polícia.