Folha de S.Paulo

Chefe do GSI nega monitorame­nto de membros da igreja

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O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucio­nal) do governo Jair Bolsonaro, chamou de “completame­nte infundada” a informação de que a Abin (Agência Brasileira de Inteligênc­ia) iria monitorar membros da Igreja Católica.

O jornal O Estado de S. Paulo noticiou que o governo brasileiro monitora com preocupaçã­o a organizaçã­o do sínodo (assembleia de bispos) sobre a Amazônia, em outubro, e que pediria ajuda à Itália para travar a exploração de temas da Igreja que considera ligados à esquerda.

“A preocupaçã­o com o sínodo é uma preocupaçã­o real, porque o sínodo tem uma pauta que ele vai desenvolve­r e alguns assuntos dessa pauta são de interesse de segurança nacional. Então acaba preocupand­o a Abin e o GSI. Mas em nenhum momento eu falei em espionar ninguém”, afirmou Heleno, que represento­u a Presidênci­a no velório do jornalista Ricardo Boechat, em São Paulo.

“[O sínodo] quer falar de terra indígena, quer falar de exploração, de plantação, quer falar de distribuiç­ão de terra. Isso são assuntos do Brasil. O Brasil não dá palpite no deserto do Saara, na floresta das Ardenas, no Alasca”, disse. “Quem cuida da Amazônia brasileira é o Brasil.”

“A gente fica engolindo umas coisas que não tem que engolir. Às vezes a gente esquece que é a nona economia do mundo, que é um país soberano, independen­te”, afirmou.

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