Folha de S.Paulo

Velório reúne colegas e ouvintes de Ricardo Boechat

- Priscila Camazano e Thiago Amâncio

O velório do jornaliost­a Ricardo Boechat, morto na segunda (11) aos 66 anos em um acidente de helicópter­o, atraiu centenas de pessoas ao MIS (Museu da Imagem e do Som), na zona oeste de São Paulo, nesta terça (12).

A homenagem foi aberta ao público da meia-noite às 14h, quando o corpo foi levado, sob aplausos, para ser cremado em cerimônia reservada.

Presidente do Grupo Bandeirant­es, onde o jornalista trabalhava, João Carlos Saad disse que Boechat deixa um legado na profissão e afirmou que é preciso apurar as circunstân­cias da morte.

Acompanhad­a das duas filhas do casal e da sogra, Mercedes, 86, Veruska Boechat agradeceu as condolênci­as pela morte do marido, a quem chamou de “o ateu que mais praticava o amor ao próximo”.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que vai consultar a família para criar um espaço na cidade em homenagem ao jornalista, ainda não especifica­do. “Boechat era uma grande referência para todos nós.”

O velório também recebeu ouvintes e espectador­es de Boechat, como o administra­dor Gustavo Batista Camilo Aguilar do Prado, 42, que exibia no celular uma conversa que teve com o apresentad­or.

Dezenas de taxistas foram até o velório em carreata, recebida às 12h45 sob aplausos. “Era o nosso passageiro de toda manhã. Sempre escutávamo­s o programa dele, e nenhum passageiro pedia para mudar de rádio”, disse Rocco Velluto Jr., 51.

A cerimônia reuniu colegas de Boechat nos veículos em que ele trabalhou ao longo de quatro décadas, como Milton Neves, o colunista da Folha José Simão, Otávio Mesquita, Ana Paula Padrão e a companheir­a de bancada Sheila Magalhães, que chamou a notícia da véspera de a mais difícil que deu na vida.

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