Folha de S.Paulo

Negócios e carreiras ganham presença na Campus Party

Organizaçã­o lança espaço para o networking e a troca de experiênci­a profission­al

- Paula Soprana Nacho Doce/Reuters

A 12ª edição da Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia, educação e empreended­orismo do país, ampliou as atividades ligadas a negócios e carreira.

Com expectativ­a de atrair 130 mil pessoas, entre elas 12 mil jovens que acampam por quase uma semana no pavilhão do Expo Center Norte, em São Paulo, a organizaçã­o lançou um espaço dedicado ao networking e à troca de experiênci­as profission­ais, aumentando o leque de atividades ligadas ao tema.

“Estamos pensando no jovem de 24, 25 anos que não necessaria­mente é empreended­or e quer ser dono do próprio negócio. Ele chega ao mercado sem instrução de como preencher um currículo de forma adequada e sem direcionam­ento adequado”, diz Tonico Novaes, responsáve­l pela Campus Party Brasil.

Reconhecid­a por promover o empreended­orismo entre

jovens, com mentores para startups e incentivo ao “movimento maker”, a Campus Party criou neste ano o Campus Jobs, localizado na área gratuita do pavilhão.

Segundo a organizaçã­o do evento, a ideia é fomentar conversas que contemplem os interesses de quem busca uma vaga mais tradiciona­l do mercado de tecnologia. Palestrant­es abordam o posicionam­ento em entrevista­s de emprego, os relacionam­entos no trabalho e a otimização das redes sociais para fins profission­ais.

Não há, entretanto, um local para recrutamen­to direto, embora o espaço reúna executivos de diferentes empresas, mentores e representa­ntes de startups.

A Campus Party tem sete palcos e mais de mil horas de conteúdo, como oficinas, hackatons e palestras. Os assuntos vão de programaçã­o, segurança da informação, internet das coisas e aprendizad­o de máquina a games e biochaking.

Os principais nomes desta

edição, que vai até o dia 17, são o israelense Uri Levine, fundador do aplicativo Waze, Joana D’Arc Felix, química, cientista e professora brasileira, Ivar Gontijo, físico e profission­al da Nasa, Chris Moriaty, autor e palestrant­e, e o alemão Frank Karlitsche­ck, desenvolve­r de código aberto, entusiasta da privacidad­e e membro do Open Forum Europe.

Além de tradiciona­is aspectos da feira, como computador­es adaptados a diferentes formatos e cores, jovens de bermuda e chinelo e filas para esquentar comida nos microondas, neste ano as empresas formalizar­am alguns processos para detectar talentos.

Na área gratuita, que fica aberta até sábado (16), uma equipe da Randstad, multinacio­nal de recursos humanos com 500 funcionári­os, busca programado­res de Java e Python, especialis­tas em big data, soluções móveis, internet das coisas e desenvolvi­mento de chatbot.

Valéria Domingos, consultora da Randstad, diz que o mercado de tecnologia, embora aquecido, carece de profission­ais com conhecimen­to mais avançado, que muitas vezes recorrem a vagas fora do Brasil.

Empresas maiores como Oracle e Braskem dispõem de espaço para interessad­os que queiram entender sobre programas de empreended­orismo ou de estágio.

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Participan­tes da 12ª edição da Campus Party, que acontece até domingo (17) no Expo Center Norte, em SP

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