Folha de S.Paulo

Entenda as suspeitas envolvendo as candidatur­as do PSL

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Qual a origem da suspeita de esquema envolvendo candidatur­a laranja do PSL? A Folha revelou, em 4 de fevereiro, que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de quatro candidatur­as laranjas no estado, abastecida­s com verba pública do PSL

Como funcionou esse

esquema? Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas e tinha o poder de decidir quais candidatur­as seriam lançadas em 2018. As quatro candidatas mencionada­s na reportagem receberam R$ 279 mil da verba pública de campanha da legenda. Pelo menos

R$ 85 mil foram destinados a quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro. Não há sinais de que essas candidatas tenham feito, de fato, campanha efetiva durante a eleição. Ao final, juntas, elas somaram apenas cerca de 2.000 votos

O que diz o ministro sobre o assunto? Afirmou que “a distribuiç­ão do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu rigorosame­nte o que determina a lei” e que “refuta veementeme­nte a suposição com base em premissas falsas de que houve simulação de campanha no partido”

O que se sabe sobre candidatur­a laranja em

Pernambuco? A Folha revelou no domingo (10) que o grupo do atual presidente do PSL, Luciano Bivar (PE) criou uma candidata laranja que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição

Como funcionou esse esquema? Maria de Lourdes Paixão, 68, virou candidata para preencher vaga de cota feminina. O PSL repassou R$ 400 mil do fundo partidário dias antes da eleição. Ela foi a terceira que mais recebeu dinheiro do partido no país e gastou 95% do dinheiro em uma só gráfica. Não há sinais de que a candidata tenha feito campanha, e ela teve só 274 votos

O que dizem os responsáve­is

pelo partido? Luciano

Bivar nega que a candidata tenha sido laranja e disse que a decisão do repasse foi da direção nacional, na época presidida por Gustavo Bebianno, hoje ministro. Afirmou também que é contra as cotas. Bebianno afirmou que decisões de repasses são das direções estaduais

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