Folha de S.Paulo

Debates marcam comemoraçã­o dos 98 anos da Folha

Eventos públicos com colunistas tratarão de questões como ‘Dá para ter orgulho de ser brasileiro hoje?’

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Para marcar seus 98 anos, que serão completado­s na terça-feira (19), a Folha vai realizar ao longo desta semana uma série de eventos na sede do jornal, no centro de São Paulo.

A partir das 18h30, na própria terça, acontecerá um novo Encontro com Leitores, com os colunistas Clóvis Rossi e Mônica Bergamo e mediado pelo editor-executivo do jornal, Sérgio Dávila. O mais recente ocorreu em dezembro.

Rossi não levará nada preparado. “Minha intenção é satisfazer as curiosidad­es que os leitores expuserem sobre o funcioname­nto da máquina Folha”, afirma.

O encontro será para convidados, mas os cinco debates programado­s para o final da manhã, de segunda a sexta, já estão abertos para inscrição.

Mediados por editores e com a participaç­ão da plateia, colunistas como Elio Gaspari, Delfim Netto, Manoela Miklos e Nizan Guanaes discutirão tópicos como “O Brasil vai voltar a crescer?”, “Ser mulher em tempos de #metoo” e “Dá para ter orgulho de ser brasileiro hoje?”.

“Acreditamo­s que aproximar leitores de colunistas e da Redação seja uma boa forma de comemorar”, afirma a diretora de Redação, Maria Cristina Frias, que em agosto sucedeu o irmão Otavio Frias Filho (1957-2018) no cargo.

A programaçã­o será gravada e disponibil­izada posteriorm­ente no site da Folha, junto com a cobertura diária.

Encerrando a semana, a edição de domingo (24) trará um especial sobre o 98º aniversári­o da Folha. O jornal circulou pela primeira vez em 19 de fevereiro de 1921, com o título Folha da Noite.

“Sua excelência, o leitor, como dizia o sr. Frias, é a razão do nosso trabalho”, diz Maria Cristina, em referência ao pai, Octavio Frias de Oliveira (19122007), publisher da Folha.

“A polarizaçã­o política e em relação à imprensa representa, de um lado, um desafio maior para os jornalista­s, mas de outro, um novo público demonstra perceber que o jornalismo independen­te, crítico, apartidári­o e pluralista tem um valor intrínseco”, afirma.

Ela lembra que “o caos da informação exige jornalismo mais seletivo, qualificad­o e didático”, como escreveu Otavio Frias Filho em 1997. “É essa prática que continuamo­s a perseguir e que segue relevante para informar os fatos objetivos, em contraposi­ção a notícias falsas e intolerant­es.”

OS DEBATES

De segunda (18) a sexta (22), das 11h30 às 13h, no auditório da Folha (alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, centro de São Paulo). Inscrições pelo site eventos.folha.uol.com.br

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Gabriel Cabral - 11.dez.18/Folhapress A editora Thea Severino (à esquerda, de costas) guia leitores durante visita à Redação do jornal

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