Folha de S.Paulo

Brasil ainda tem baixa proficiênc­ia em inglês

São Paulo é o único estado com nível moderado

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Em 2019, o inglês segue como o idioma mais importante do planeta. É a língua oficial para a comunicaçã­o internacio­nal, no intercâmbi­o de mercadoria­s, de serviços e de ideias.

No Brasil, vem se populariza­ndo desde a década de 1970, quando ocorreu a proliferaç­ão de escolas de idiomas em São Paulo. “As pessoas entenderam que era a principal forma de comunicaçã­o do mundo. Foi também quando os universitá­rios brasileiro­s passaram a vislumbrar a possibilid­ade de estudar no exterior”, conta Lilian Cristina Corrêa, coordenado­ra administra­tiva e pedagógica do Mackenzie Language Center, fundado em 1971.

Apesar de a oferta de ensino de inglês ter se expandido desde então, a proficiênc­ia de inglês no Brasil ainda é baixa. Os países que não têm o inglês como língua nativa vêm apresentan­do melhoria geral no conhecimen­to do idioma, indica a última edição da pesquisa EF EPI, que mede o nível de inglês em 88 países.

A América Latina, entretanto, é o único lugar do mundo que experiment­ou declínio na proficiênc­ia.

“Sistemas educaciona­is de baixo desempenho e altos níveis de desigualda­de econômica são algumas das dificuldad­es do Brasil e de seus vizinhos”, comenta Nathalle Peres, marketing manager da EF Brazil.

O estado e as cidades com maiores concentraç­ões de riqueza e mercados mais globalizad­os são exceções. O estado de São Paulo apresenta proficiênc­ia moderada, assim como as cidades de Brasília, São José dos Campos, Campinas, Rio de Janeiro e Curitiba. Nesses centros urbanos, inglês é fundamenta­l para o sucesso profission­al.

“Temos que tratar o estudo de inglês com a mesma importânci­a que damos à universida­de. Escolhemos esse nome para a rede de escolas justamente porque temos a missão de mudar o ‘mindset’ do brasileiro com relação ao idioma”, afirma Raphael Ruiz, CEO e fundador do Instituto Mindset.

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