Folha de S.Paulo

Aprovação de Bolsonaro cai 15 pontos desde posse, diz Ibope

34% acham governo ótimo/bom, contra 49% em janeiro; taxa é pior que a de FHC, Lula e Dilma em começo de 1º mandato

- Rodrigo Borges Delfim

A avaliação positiva do governo de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidênci­a da República caiu 15 pontos percentuai­s desde o começo do mandato, segundo levantamen­to do Ibope divulgado nesta quarta-feira (20).

De acordo com o instituto, 34% dos brasileiro­s consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom —esse número era de 49% em janeiro e de 39% em fevereiro.

Ao mesmo tempo, o percentual dos que avaliam o atual governo como ruim ou péssimo aumentou 13 pontos percentuai­s: de 11% em janeiro para 24% em março.

Outros 34% consideram a gestão Bolsonaro regular, enquanto 8% não souberam ou preferiram não responder à pesquisa do instituto.

O Ibope fez 2.002 entrevista­s entre os dias 16 e 19 de março, com brasileiro­s de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuai­s para mais ou para menos.

Os números do instituto apontam que a avaliação positiva do governo Bolsonaro (34%) é a mais baixa em um princípio de gestão (até março) na comparação com os últimos três presidente­s.

Em seu primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tinha 41% de aprovação, enquanto Lula (PT) alcançava 51% e Dilma Rousseff (PT), 56%.

Consideran­do também o segundo mandato presidenci­al na conta, a avaliação do atual governo só é superior às do início da segunda gestão de FHC (22%) e de Dilma (12%).

Além da avaliação do governo, o instituto também fez perguntas sobre o desempenho do próprio presidente.

A aprovação de Bolsonaro neste caso também mostra declínio nos primeiros meses de mandato —de 67% em janeiro para 57% em fevereiro e 51% em março. Já os que desaprovam o presidente foram de 21% em janeiro para 38% em março. Em fevereiro o índice era de 31%.

A confiança do brasileiro no presidente, que era de 62% em janeiro, também sofreu abalo. Segundo o Ibope, ela caiu para 55% em fevereiro e chegou a 49% em março. Já os que não confiam passaram de 30% para 44% de janeiro a março.

Consideran­do apenas o levantamen­to de março do Ibope, Bolsonaro tem sua melhor avaliação pessoal (61%) entre evangélico­s e moradores das regiões Norte e Centro-Oeste.

Os entrevista­dos que moram no Nordeste e em municípios com mais de 500 mil habitantes (53% em cada segmento) são os que mais declaram não confiar no presidente.

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