Folha de S.Paulo

Derrotas do ministro Sergio Moro

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Decreto das armas

Seu primeiro revés foi ainda em janeiro. O ministro tentou se desvincula­r da autoria da ideia de flexibiliz­ar a posse de armas, dizendo nos bastidores estar apenas cumprindo ordens do presidente. Teve ignorada sua sugestão de limitar o registro por pessoa a duas armas —o decreto fixou o número em quatro

Laranjas

No caso do escândalo de candidatur­as de laranjas, enquanto Moro deu declaraçõe­s evasivas, dizendo que a Polícia Federal iria investigar se “houvesse necessidad­e” e que não sabia se havia consistênc­ia nas denúncias, Bolsonaro determinou dias depois, de forma enfática, a abertura de investigaç­ões para apurar o esquema

Caixa dois

Por ordem do Palácio do Planalto, a proposta de criminaliz­ação do caixa dois, elaborada pelo ministro da Justiça, vai tramitar separadame­nte do restante do projeto anticrime proposto por Moro na Câmara dos Deputados

Ilona Szabó

Moro teve de demitir a especialis­ta em segurança pública por determinaç­ão do presidente, após repercussã­o negativa da nomeação. Ilona Szabó já se disse contrária ao afrouxamen­to das regras de acesso a armas e criticou a ideia de ampliação do direito à legítima defesa que está no projeto do ministro

Projeto anticrime

Na última semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEMRJ), travou o pacote anticrime na Casa ao determinar a criação de um grupo de trabalho para analisar a proposta e outras duas correlatas. Como o grupo tem o prazo de 90 dias para debater as matérias, a decisão de Maia suspende, na prática, a tramitação da maior parte do pacote

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