Jornal Agora, do Grupo Folha, celebra 20 anos
Com foco em serviço ao leitor e Previdência, periódico popular é o que mais vende em bancas no estado de São Paulo
O Agora, jornal popular do Grupo Folha, que editaa Folha, completa hoje 20 anos de vida. Líder de venda em bancas no estado de São Paulo desde 2004, atingiu no ano passado uma circulação média diária de cerca de 67 mil exemplares, segundo os dados do IVC (Instituto Verificador de Comunicação).
Neste ano de celebração, o jornal lança um novo site (www.agora.com.br) e prepara uma reformulação gráfica na edição impressa.
O periódico foi criado em março de 1999 para substituir a Folha da Tarde (1924-1999) e se baseia em cinco pilares: prestação de serviços, economia popular, fiscalização do poder público, cobertura esportiva e entretenimento.
A proposta era buscar um novo modelo de jornalismo popular, de leitura ágil e descomplicada, sem sensacionalismo. Dois anos depois, já consolidado entre os trabalhadores paulistas, também herdou os leitores do extinto Notícias Populares.
Em outubro de 2003, o Agora deu início à principal virada em seu projeto editorial: uma série de reportagens indicava que aposentados de todo o país recebiam valores incorretos do INSS e teriam direito a uma correção.
Houve uma onda de pedidos de revisões, que beneficiariam milhões de pessoas. O jornal obteve um salto em vendas e, desde então, tornou-se o único do país a contar com uma equipe especializada em cobertura de Previdência Social.
Os 20 anos de história foram preenchidos com grandes coberturas. A primeira manchete, “Ligação de Maluf com a máfia é investigada”, levou à abertura de outras frentes de apuração contra o ex-prefeito paulistano Paulo Maluf (PP), 87 anos, hoje preso em regime domiciliar.
O jornal também teve cobertura destacada nos ataques da facção criminosa PCC e em histórias policiais de grande repercussão, como os casos Eloá, Isabella e Richthofen, além do sequestro da filha de Silvio Santos.
Com uma linguagem fotográfica particular e destaque sempre para o indivíduo, o Agora registrou imagens premiadas, como a de um refugiado haitiano acolhido em São Paulo banhando-se em um mictório, em 2015, ou o flagrante do homem que assassinou um fotógrafo em um acampamento, em 2003.
Mesmo atento às notícias de âmbito nacional, é no dia a dia do paulistano que o Agora encontra sua matéria-prima. Falta de professores e médicos na rede pública, fila de crianças na creche, transporte público insuficiente, buracos na rua, enchentes. Os serviços públicos e seus responsáveis são alvos de fiscalização permanente da Redação, especialmente a administração municipal, desde a gestão Celso Pitta até a atual, de Bruno Covas (PSDB).
O olhar atento ao dia a dia das pessoas construiu uma parceria sólida com os leitores, que participam ativamente com sugestões e reclamações. Os leitores do Agora são fiéis. Muitos compram o jornal há anos, todos os dias da semana. Eles se sentem parte do processo jornalístico, e muitas sugestões viram reportagens no dia seguinte.
Esse sentimento de parceria criou vínculos duradouros. A dona de casa Maria Martins Ferreira, 101 anos, de Perdizes (zona oeste de São Paulo), mantém a sua assinatura desde 1990 (começou com a Folha da Tarde). “Hoje, todos nós lemos o jornal e comentamos as notícias com ela. O Agora é o jornal de toda a família”, afirma a filha Maria Teresa, 67 anos.
Outro marco que completa 20 anos é o Defesa do Cidadão, que busca solução para os mais variados problemas enviados à Redação.
Entre os milhares de casos solucionados após a intervenção do Agora, há desde leitores que pediam serviços básicos, como poda de árvores, até problemas graves com empresas , como uma leitora que recuperou R$ 76 mil que desapareceram da sua conta.
O autônomo Oswaldo Rodrigues de Oliveira, 65 anos, da Vila Remo (zona sul de São Paulo), esperou quase um ano por uma cirurgia na bexiga. No mês em que enviou email ao jornal, teve o procedimento agendado na rede pública. “Vocês fazem parte desta vitória”, diz a sua filha, Michelle.
Pesquisa Datafolha realizada em 2017 apontou que 91% dos leitores avaliam o jornal como ótimo ou bom. É um indicativo de que o Agora deve continuar fiel ao seu princípio: estar ao lado do leitor.