Prisão com TV ‘arrebata’ Brasil, mas deixa ‘mercados abalados’
Na descrição do New York Times, “imagens de televisão de policiais fortemente armados levando Michel Temer preso arrebataram os brasileiros”.
O jornal recordou que “a torrente de acusações de corrupção nas manchetes durante a era Temer turbinou a candidatura de seu sucessor, de extrema direita, Jair Bolsonaro”. E que a prisão, agora, “chega dias depois de os procuradores sofrerem um revés num caso perante a Suprema Corte”.
Wall Street Journal e Financial Times, outros dois jornais de alcance global, também chamaram nas páginas iniciais, mas concentrando-se na preocupação com os efeitos sobre o apoio da reforma da Previdência no Congresso. No enunciado do FT, “Mercados abalados pela ação mais recente da Car Wash”, Lava Jato.
Na avaliação do WSJ, a prisão “favorece a cruzada contra a corrupção, mas dispersa os parlamentares da agenda”. Cita, do analista André Perfeito, que ela “joga gasolina nas tensões entre a classe política e as forças da Car Wash”. PAULO GUEDES IRRITADO Sob o título “Bolsonaro recebe elogios de Trump, mas poucas concessões, irritando brasileiros”, a Reuters relatou a “frustração” da comitiva, destacando o ministro da Economia: “O endosso condicional —concessão concreta do Brasil na OMC em troca de participação simbólica na OCDE— deixou Paulo Guedes irritado”.
ALEMANHA IRRITADA A Deutsche Welle, estatal alemã de notícias para o exterior, informou que a “Oferta de Trump a Bolsonaro, de fazer lobby pelo Brasil na Otan, irrita aliados”. Reproduziu as declarações contrárias emitidas quase ao mesmo tempo pelos ministérios de relações exteriores da Alemanha e da França.
CRIANÇASBALEADAS Prossegue o noticiário negativo de Facebook e Google. O WSJ destacou que o vídeo da Nova Zelândia, “mostrando crianças sendo baleadas numa mesquita, ficou disponível no Facebook por uma hora”. Já no britânico Telegraph, “Como o YouTube está ajudando a extrema direita a se projetar na política”.
TAMBÉM NOS EUA Washington Post e depois o site Breitbart noticiaram que, diante da inação federal no país, procuradores estaduais preparam ações para regular o Vale do Silício, inclusive forçando “quebras”.