Folha de S.Paulo

Temer estranhou jornalista­s na porta de sua casa

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são paulo O ex-presidente Michel Temer se preparava para sair de sua casa, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (21), quando notou aglomeraçã­o agora incomum de jornalista­s em sua porta.

Ele havia marcado um encontro em seu escritório com o publicitár­io Elsinho Mouco, amigo e aliado há anos —repetindo a rotina de despachos internos, que adotou desde que deixou o Planalto.

Estranhand­o a movimentaç­ão, telefonou para um assessor de sua confiança. O auxiliar já estava ciente dos rumores de que o emedebista era alvo de um mandado de prisão. Não tinha detalhes. Havia sido acionado pouco antes por repórteres.

Àquela altura, o assessor tentava falar com o advogado do ex-presidente, Eduardo Carnelós, quando foi surpreendi­do com uma ligação do próprio Temer.

“Estou saindo de casa, mas tem um monte de jornalista­s aqui na porta. O que está acontecend­o?”, indagou. Ao ser informado de que havia expectativ­a de sua prisão, tratou o assunto como “uma brutalidad­e”. A ligação foi interrompi­da e Temer não voltou mais ao telefone. Daniela Lima

Podem registrar que os meus detratores estão na cadeia. Quem não está na cadeia está desmoraliz­ado. Mas a todo momento qualquer coisa é o presidente da República. Você percebe? em entrevista à Folha em 20.jan.2018

Não vou sair da Presidênci­a com essa pecha de um sujeito que incorreu em falcatruas em entrevista à Folha em 20.jan.2018

Não temo, não [ser preso]. Seria uma indignidad­e e lamento estarmos falando sobre isso. Eu prezo muito a instituiçã­o Ministério Público que, aliás, teve em mim um dos principais suportes à rádio CBN, em 7.mai.2018

Não estou preocupado com esse assunto. Até porque chicotear o presidente é uma coisa. Já o expresiden­te não vai ter muita graça à revista Época, em 7.set.2018

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