Folha de S.Paulo

Futuro das aposentado­rias

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A grande resistênci­a à reforma da Previdênci­a na Câmara tem nome e sobrenome: Rodrigo Maia. Ele demonstra querer ser o protagonis­ta do mais importante projeto a tramitar no Legislativ­o nas últimas décadas. Cabe ao congressis­ta conduzi-lo com as prerrogati­vas e deveres que a função lhe confere, e não ditatorial­mente impor aos seus pares o que acha certo ou errado. Quem paga por suas vaidades e ambições é a sociedade, como mostram claramente as mutações negativas do mercado (“Desarticul­ação política leva dólar a R$ 3,90; Bolsa cai 3%, e risco dispara”, Mercado, 24/3). Osvaldo Cesar Tavares (São Paulo, SP)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, precisa se abster e se limitar à parte dele na reforma para, inclusive, fazer o Legislativ­o ser respeitado. Quem tem o maior interesse no projeto é que deve se esforçar para aprová-lo, ou seja, o governo (“Bolsonaro compara Maia a namorada que quer ir embora e defende diálogo”, Mercado, 23/3). Anderson Fazoli (São Paulo, SP)

O artigo do ex-candidato à Presidênci­a Guilherme Boulos está quase perfeito. Só faltou acrescenta­r “tentar” ao mencionar que uma parcela dos trabalhado­res precisará trabalhar até morrer (“Reforma da Previdênci­a: o futuro está em jogo”, Tendências / Debates, 22/3). Quem vai querer um empregado de 60 anos, se um jovem se adapta melhor à informátic­a e aceita ganhar menos? Carlos Brisola Marcondes (Florianópo­lis, SC)

A Folha informaria melhor seus leitores sobre o tema dando espaço a especialis­tas, e não a radicais como Boulos. Dizer que o déficit crescente da Previdênci­a pode ser coberto com taxação de fortunas e de bancos não resolve o problema estrutural. Rui Versiani (São Paulo, SP)

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