Palocci relatou em delação repasses ilegais a Gleisi e filho de Lula, diz revista
são paulo | uol O ex-ministro Antonio Palocci revelou em seu acordo de delação premiada, segundo documentos obtidos pela revista Veja, o repasse de recursos pela empresa Qualicorp ao PT, ao Instituto Lula e à empresa Touchdown, de Luis Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do ex-presidente Lula (PT).
Palocci afirmou ainda que a atual presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), recebeu de três empreiteiras R$ 3,8 milhões na campanha de 2010.
Na delação, Palocci também afirmou que os petistas Fernando Pimentel (ex-governador de MG) e Tião Viana (exgovernador do AC) receberam repasses milionários como doações oficiais e via caixa dois.
Pimentel teria recebido R$ 2 milhões, em 2010, da Camargo Corrêa, enquanto Viana teria levado R$ 2 milhões da Odebrecht, também em 2010.
Palocci apontou em sua delação que o PT recebeu, apenas em campanhas eleitorais, R$ 270,5 milhões entre 2002 e 2014. Segundo ele, foram doações de grupos e empresas em troca de favores.
O ex-petista declarou que parte dessas negociações era realizada por ele com João Vaccari, ex-tesoureiro do PT.
Segundo a Veja, o acordo firmado no Supremo tem 23 anexos, que tratam de 12 políticos, além de grandes empresas. É a primeira vez que a delação de Palocci ganha informações mais concretas sobre a principal frente do caso.
Em nota oficial enviada ao UOL, a Qualicorp disse que “nunca pleiteou” ou teve “qualquer tipo de benefício público e jamais transgrediu a lei”.
Após a publicação, Gleisi Hoffmann comentou via Twitter que Palocci “continua na mentira” e que ele não tem “provas e indícios”.